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terça-feira, 25 de março de 2014

POST 083/2014 - MEU CASEBRE, MINHA DÍVIDA...


Olá... Iniciando a semana visitando uma obra bem longe de casa, no Estado de Minas Gerais. Após percorrer quase 300 quilômetros, chegamos a referida obra, a qual como tantas obras no Brasil , pertence ao Programa Minha Casa, Minha Vida.

Resolvi fazer a foto para o Blog, para  discorrer um pouco sobre o programa, que tem pontos positivos e também negativos... A obra em questão representa em um só empreendimento 540 casas que aglutinará um total de aproximadamente três mil pessoas. Um bairro e tanto...

O Minha Casa, Minha vida é um programa do governo federal que visa a redução do déficit habitacional brasileiro e que normalmente caminha em parceria com os estados e os municípios. O programa tem também como meta possibilitar a aquisição da casa própria, compatibilizando o valor das prestações com a capacidade de pagamento das famílias. 

Já em sua segunda fase, estabeleceu-se como principal meta o financiamento da construção de dois milhões de residências no país até o fim do ano de 2014, sendo 60% delas direcionadas a famílias com renda mensal de até R$ 1.395,00, com um investimento de R$ 71,7 bilhões. Como diretriz a redução do déficit habitacional,  a distribuição de renda e inclusão social; e a dinamização do setor da Construção Civil  com geração de trabalho e renda.

Os empreendimentos são divididos em 2 principais segmentos, sendo estes baseados na renda mensal do adquirente, variando de de zero a três ou de três a seis salários mínimos, No segundo segmento, onde os valores das prestações são maiores, encontramos ainda algumas boas propostas, mas quando se apresentam o segmento mais econômico, vemos alguns desastres.

Alguns construtores, diante da dificuldade de administrar custos bem menores que em uma obra comum, acabam por se perderem nas escolhas dos materiais para a construção. Popular ou econômico não quer dizer ruim, nem baixa qualidade e é justamente nesta hora que começam os problemas, pois a responsabilidade civil da obra vai a pelo menos cinco anos. Algumas soluções são baratas, entretanto se esgotam antes deste prazo e o retrabalho é sinônimo de prejuízo, numa obra como essa.

No empreendimento fotografado, as casas (em torno de 50 m²) são geminadas e desniveladas, aproveitando-se da geografia do terreno, tendo casas em ambos os lados da rua. Optou-se por uma alvenaria de bloco de concreto e a cobertura funcionando como telha e laje ao mesmo tempo, sendo utilizada a telha sanduíche, preenchida com poliuretano (térmica) e com forro.

Eu diria que o programa tem mais virtudes que defeitos, mas cabem  aos órgãos fiscalizadores, ficarem muito atentos para que a dignidade, do cidadão que ocupará as casas, seja respeitada.  

Até a próxima,
                      Amo vocês,
                                        Marcel Peixoto.

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