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quarta-feira, 11 de junho de 2014

POST 157/14 - CACHORRO RICO, CACHORRO POBRE...


Olá... Sexta-feira retornando pela manhã para Nova Iguaçu, visto que passamos a noite na Barra da Tijuca, comemorando  o aniversário de meu cunhado.  Como tínhamos que trabalhar, saímos bem cedo e ao passar por São Conrado, visualizei a imagem acima e resolvi compartilhar com vocês, clicado a mesma para o Blog.

O interessante que podemos destacar na foto, além da belíssima paisagem de um lindo dia de sol, é o cachorro contemplando o horizonte... Um cachorro de rua vivendo em pleno São Conrado... Fiquei pensando a respeito disso...

São Conrado é um bairro nobre de classe alta da Zona Sul da cidade do Rio de Janeiro.  Possui uns dos metros quadrados mais valorizado da cidade e apresenta grande desigualdade social pois limita-se com a favela da Rocinha.

O bairro foi o resultado da criação de uma estrada pelo professor Charles Armstrong em 1912. O mestre objetivava facilitar o acesso à escola em que lecionava, situada na Chácara do Vidigal.  Em 1919, a via foi alargada, prolongada e nomeada de Avenida Niemeyer devido ao Comendador Conrado Jacob Niemeyer, dono das terras que formariam o futuro bairro.  Através do loteamento das propriedades de Conrado Jacob Niemeyer, o novo bairro emancipou-se da Gávea e recebeu o nome de São Conrado devido à igreja homônima, construída em 1903 pelo mesmo.

Neste ponto preciso abrir um parêntese para contar a vocês que minha irmã se casou na referida Igreja em uma noite chuvosa de outubro, a quase quarenta anos atrás.  Além da referida igrejinha, o cartão-postal do bairro é a Pedra da Gávea, o maior bloco de pedra à beira-mar do planeta. Da rampa junto à Pedra Bonita, os praticantes de voo livre saltam de asa-delta e de parapente e pousam no trecho final da orla do bairro, conhecido como Praia do Pepino, justamente a retratada na foto.

Mas, voltando ao cachorro da foto, me pergunto se é melhor ser cachorro de rua em São Conrado ou por exemplo na Baixada Fluminense? Pensando pelo lado da paisagem , da praia e da presença constante de turistas estrangeiro, é claro que é muito mais estiloso ser cachorro de rua por ali, mas se pensarmos na solidariedade do povo com o animal tenho certeza que na Baixada esse cachorrinho estaria melhor amparado. 

De que adianta o glamour de São Conrado de barriga vazia? Na Baixada certamente o cachorrinho teria uma quentinha para se alimentar.  Isso não tem nada haver com os cachorros de madame de lá... esses sim tem uma vida de fazer inveja a qualquer criança da Baixada.

Vida dura, a do nosso personagem de hoje... 

Até a próxima,
                     Amo vocês,
                                        Marcel Peixoto.

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