Translate

domingo, 21 de setembro de 2014

POST 255/2014 - MARITACAS

12 de setembro de 2104

Olá... Nesta sexta-feira acabei ganhando um presente incrível, sempre ouço aquele algazarra feita pelas maritacas, mas elas sempre passam voando em alta velocidade e nunca tenho chance de fotografá-las, apesar de já ter tentado algumas vezes... Bem hoje foi diferentes, não só consegui fotografá-las, como tive a sensação que elas estavam pousando para mim. (Clique na foto para ampliar e ver o olhar dos pássaros para a câmera)

Não podia perder a oportunidade de fazer esta foto para compartilhar com vocês aqui no Blog, mostrando essas belezuras da natureza que praticamente simbolizam o nosso país, com suas cores, espontaneidade e alegria. 

Os termos maritaca, baitaca e suia são designações comuns para diversas espécies  de aves da família dos psitacídeos, do gênero Pionus.  São neotropicais, de corpo atarracado e cauda curta, semelhantes aos papagaios.  Têm, em média, uma expectativa de vida de trinta anos. Medem de 27 a 29 centímetros e podem pesar de 230 a 250 gramas.

Quanto menor o grau de conhecimento em relação as diferenças entre as aves, a tendência é chamar de maritaca ou maitaca, todo o psitacídeos menor que o papagaio.  Nesta lista, portanto podem entrar tanto as maitacas do gênero Pionus, como periquitões e jandaias do gênero Aratinga, como até mesmo os periquitos do gênero Brotogeris.  Não seria de estranhar que atribuíssem esta denominação genérica e generalizante, mesmo para um tuim (Forpus xanthopterygius).

Os mais velhos e os habitantes da zona rural conseguem fazer uma distinção clara entre as diversas espécies e sabem diferenciar uma maritaca de um periquitão e de um periquito. Com a urbanização e com o pouco contato com a natureza perdeu-se este referencial. Esta denominação é uma questão histórica e arraigada em nosso meio por nossa formação cultural.

As maitacas caracterizam-se pela cauda curta e azul, pela zona sem penas em volta dos olhos, pelo bico cinza-escuro com marcas vermelhas nas laterais das mandíbulas. São semelhantes aos papagaios do género Amazona, mas menores. Ocorrem no Brasil da região nordeste (Maranhão, Piauí, Pernambuco, Alagoas) até a região sul, passando pela região centro-oeste (Goiás e Mato Grosso). Ocorrem, também, na Bolívia, no Paraguai e na Argentina.

Vivem em uma variedade de habitat que inclui florestas úmidas, de galeria, savanas e áreas cultivadas, até os 2 000 metros de altitude. Geralmente, voam em bando de seis a oito indivíduos, por vezes até de cinquenta aves quando a comida é muito abundante. Costumam banhar-se em lagos para se refrescar. Se alimentam de frutos e sementes, tais como pinhão do pinheiro-do-brasil e frutos da figueira. Também se alimentam de mangas quando apresentam frutos em formação.

A reprodução das maitacas costuma ocorrer de agosto a janeiro. O casal afasta-se do grupo à procura de um oco formado nas árvores. A fêmea põe de três a cinco ovos brancos com um período de incubação de 23 a 25 dias e o macho, geralmente, permanece no ninho durante o dia. As crias são totalmente dependentes dos pais (altriciais) e saem do ninho com aproximadamente 55 a sessenta dias.

Até a próxima,
                        Amo vocês,
                                           Marcel Peixoto.

Nenhum comentário: