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quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

POST 036/2014 - O MARACA EM PRETO E BRANCO - FOGOOOOOOO!!!


Olá... Acredito que tenham sentido a falta da postagem referente a quarta-feira, pois é somente hoje é que estou fazendo a mesma. Ontem eu estava em uma missão especial, torcendo juntamente com mais de 50 mil pessoas, presente no Maracanã, o templo sagrado do futebol.

Já assisti alguns jogos do Botafogo no estádio, mas ontem havia um clima, uma nostalgia, um ambiente especial, afinal já se passavam 17 anos que o Alvinegro carioca não abrilhantava esse   torneio tão cobiçado por todos os clubes da América do Sul, a Taça Libertadores das Américas.

Costumo dizer que torcer pelo Botafogo é algo muito especial, é diferente, tem um sabor agridoce, pois é amargo mas ao mesmo tempo doce, é prazeroso, é sofrido, é louco, é um misto de sensações, que fica até difícil descrever em palavras, é pura emoção. É um sacerdócio.

É muito fácil torcer pelo time da massa, que bem ou mal, sempre faz o resultado. É muito fácil torcer pelo time da elite, que se cair, muda tudo e não cai, pois está ao lado dos poderosos. É mais fácil ainda torcer por aquele time que quer ser negro e europeu ao mesmo tempo, ser massa e elite e acaba por não ter uma cara própria, mas torcer pelo Botafogo, isso não é para qualquer um não... Tem que ter muita personalidade.

Não vou aqui contar a história do clube, mas rapidamente contarei a minha história alvinegra. Quando eu tinha 4 anos de idade, o Botafogo se sagrou bi-campeão estadual do Rio de Janeiro e exatamente neste ano comecei a me interessar por futebol, pela estrela solitária e por aquele time de listras pretas e brancas verticais. Deste momento em diante virei torcedor e o tempo me ensinou que no futebol temos que ser felizes com os momentos que vivemos (como o de ontem, por exemplo), a felicidade completa é um sonho mais distante...

Só fui feliz por completo 21 anos depois, quando o Botafogo finalmente se livrou de um jejum de títulos e fomos campeões em cima do Flamengo, com um gol de Maurício (7). Isso mesmo, apenas um golzinho nos tirou desta incômoda situação. Isso significa que eu e todos os torcedores da minha geração, passou toda a sua infância e adolescência sendo, desculpe-me a expressão, sacaneado pelos colegas e tendo que ser desportista. Aguentando, mas lá dentro, todos nós sentíamos um dor, uma grande dor e um enorme desejo de um dia gritar Campeão... Juro, não foi fácil.

Engrenamos um bicampeonato carioca 89/90, e em 1995 com a minha filha fazendo, coincidentemente, 4 anos de idade, fomos pela primeira vez Campeões Brasileiros. Ela foi pega pelo mesmo vírus que me contaminou e hoje torce tanto ou mais que eu. De lá para cá, flertamos com alguns campeonatos carioca, mas nada tão bom quanto essa participação do momento.

Ser botafoguense é isso, é se alegrar com o pouco, que é muito para nós e se o título vier, será o paraíso na Terra. Vamos aproveitar o momento é curtir.

Até a próxima,
                       Amos vocês (independente de seus clubes, tenham certeza disso),
                                                                                                                          Marcel Peixoto

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