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sábado, 25 de janeiro de 2014

POST 025/2014 - VILARÓ: DA TRAGÉDIA NOS ANDES AO MUSEU CASAPUEBLO




Olá... O quadro acima é de um artista de excepcional qualidade e que tive o prazer de conhecer pessoalmente em uma viagem ao Uruguai em 2012. Hoje ao olhar para seu quadro, comprado nesta viagem, resolvi fotografá-lo para compartilhar com vocês e contar um pouquinho da história deste arquiteto e artista plástico de 90 anos, Carlos Páez Vilaró.

Vilaró transformou sua antiga casa de verão na famosa Casapueblo, que é agora uma cidadela-escultura, cravada nas rochas a beira do mar em Punta Ballena, próximo a Punta del Este, Uruguai. Casapueblo incluí um museu, uma galeria de arte e um hotel chamado Hotel Casapueblo, que fica dentro da estrutura. A construção lembra muito as casas da costa mediterrânica, como na Grécia.

Em 13 de outubro de 1972, Vilaró iniciou um drama em sua vida, vivendo uma tragédia envolvendo seu filho Carlos Miguel que era um dos passageiros do voo 571 da Força Aérea Uruguaia que caiu nas Cordilheiras dos Andes. Sempre acreditando que seu filho estaria vivo, gastou parte de seu patrimônio patrocinando a busca pelo local da queda do avião, no Chile.

No ato do acidente, mais de um quarto dos 45 pessoas que estavam no avião morreram e outros vários sucumbiram rapidamente devido ao frio e aos ferimentos. Dos 29 que ainda estavam vivos alguns dias após o acidente , oito foram mortos por uma avalanche que varreu o seu abrigo. 

Os sobreviventes tinham pouca comida e nenhuma fonte de calor em condições extremas, a mais de 3.600 metros (11.800 pés) de altitude. Diante da fome e notícias reportadas via rádio de que a busca por eles tinha sido abandonada, os sobreviventes alimentaram-se dos passageiros mortos que haviam sido preservados na neve. As equipes de resgate não tiveram conhecimento da existência de sobreviventes até 72 dias depois do acidente quando os passageiros Fernando Parrado e Roberto Canessa, depois de uma caminhada de 10 dias através dos Andes, encontraram um chileno huaso, que lhes deu comida e, em seguida, alertou as autoridades sobre a existência dos outros sobreviventes.

O último dos 16 sobreviventes foi resgatado em 23 de Dezembro de 1972, mais de dois meses após o acidente e em momento nenhum Vilaró deixou de acreditar que seu filho estaria vivo. "Quem tem Fé tem tudo". Hoje este belo exemplo de vida, nos recebe em sua casa (Casapueblo) com um belo sorriso e de braços abertos e ainda nos brindando com a beleza de suas obras. Parabéns Vilaró!!!

Até a próxima,
                      Amo vocês,
                                         Marcel Peixoto





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