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sábado, 18 de janeiro de 2014

POST 017/2014 - MORTOQUEIROS NO TRÂNSITO


Olá... Está cada dia mais difícil andar de carro no Rio de Janeiro. A foto acima reflete a visão de meu retrovisor esquerdo e foi clicado hoje (17/01), por volta das 19 horas na Av. Ayrton Senna - Barra da Tijuca. À propósito o motoqueiro da foto passou por mim, sem bater no referido retrovisor.

Fiz esse comentário, por que tenho visto um crescente número de pessoas, que imaginam que por estarem em duas rodas só precisam acatar metade das leis de trânsito, ou possuem um passaporte especial que lhes concede o direito de fazer as maiores estripulias, impunemente.

O número de mortes em acidentes de trânsito com motos no Brasil aumentou 263,5% em 10 anos, segundo dados do Sistema de Informações de Mortalidade (SIM), criado pelo Ministério da Saúde. Como referência temos que em 2011, foram 11.268 vítimas fatais no país. Outro dado que temos que considerar é que a frota de motocicletas aumentou 300% entre 2001 e 2011. Não consegui os dados atuais, pois existe sempre uma defasagem na liberação dos mesmos, mas os números apresentados refletem bem a questão.

Para descobrir as causas de tão altos números, a Faculdade de Medicina da USP, o Hospital das Clínicas de São Paulo e a Associação dos fabricantes de motocicletas, se uniram para produzir um estudo científico sobre o assunto. Vejam algumas conclusões:
  • O comportamento de risco do motociclista e a falta de respeito e visibilidade do motorista foram os fatores que mais contribuíram para a ocorrência do acidente. 
  • O grupo considerado de risco é homem, adulto jovem, classe média baixa e usuários da moto como meio de transporte. 73% usam o veículo de duas rodas para fazer o seu transporte e 23% a trabalho. 
  • Em 21,3% dos casos as vítimas estavam com o comportamento alterado. Ou seja, uma em cada quatro pessoas pilotava sob efeito de substâncias proibidas.
  • Com base nas informações coletadas, os peritos detectaram que em praticamente metade dos casos (49%) a motocicleta provocou o acidente e em sua grande maioria pelo fator imprudência (88%). A outra parcela de culpa (51%) dos acidentes foi causada por outros veículos e mais uma vez a imprudência (84%) foi a principal razão. 
  • Em um panorama geral, as causas dos acidentes são divididas da seguinte forma: 37% motociclistas, 37% motoristas, 18% via e 8% veículo. (abraciclo.com.br)
Imprudência, Imprudência... Quantas vidas precisarão ser perdidas ou comprometidas para sempre, para que as pessoas percebam que a segurança no trânsito deve ser levada a sério?

Me perdoem ter alongado tanto o assunto, mas há temas que precisamos que debater um pouco mais profundamente e buscarmos refletir sobre os mesmos.

Até próxima,
                   Amo vocês,
                                     Marcel Peixoto 

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