Olá... Hoje eu apelei, almoço de domingo e apresento à vocês um belo prato de bacalhau feito pela minha esposa e batizado pela filha como Bacalhau Superior. O superior é porque ela simplesmente gosta mais deste do que o prato convencional com as postas de bacalhau, neste caso o bacalhau é em filé...
O prato acima teve como acompanhamento um arroz de brócolis com alho e um vinho branco português com duas castas de uvas que eu nunca tinha ouvido falar: roupeiro e rabo-de-ovelha, que bem gelado desceu muito bem.
O “bacalhau legítimo”: o peixe Gadus Morhua, considerado o melhor de todos, é conhecido como cod ou bacalhau do Porto – uma referência à cidade portuguesa, apesar de não haver bacalhau em águas lusitanas. É que o Porto é um importante centro de comércio do peixe seco e salgado que chega do Atlântico Norte, em especial da Noruega.
Portugal se tornou o maior mercado consumidor de bacalhau do mundo por causa das expedições que se aventuravam pelos oceanos nos séculos 15 e 16. Aquele peixe duro e seco podia cheirar mal, mas demorava alguns meses para estragar. Por isso, era o alimento ideal para ser estocado nos porões das naus de Cabral e companhia. O bacalhau caiu no gosto da população portuguesa e, por tabela, da brasileira – o Brasil consome 30% do bacalhau produzido na Noruega.
E eu como neto de português, recebi esta herança do meu avó: o gosto pelo bacalhau. Além desta, mais duas heranças recebi do meu avó, o gosto pelo vinho e pelas mulatas... Mais isso é para outro post.
Amo vocês,
Marcel Peixoto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário