08 de agosto de 2014
Olá... Uma sexta-feira muito especial para mim, pois hoje completam 2 anos da perda de minha mãe, um dia triste, mas ao mesmo tempo é um dia para lembrarmos dela como ela era, uma pessoa alegre, explosiva e que adorava viajar, principalmente para São Lourenço, especificamente para ver este lago.
E foi por gostar tanto deste lago, deste parque, deste ambiente bucólico, que minha mãe sempre expressou o desejo de quando de sua morte, ter seu corpo cremado e as suas cinzas trazidas para cá. E foi exatamente isso que, eu e minha irmã, fizemos em agosto de 2012. Combinamos entre nós que dali para frente, retornaríamos aqui anualmente, próximo ao dia 08 de agosto, para render uma homenagem à ela e assim estamos fazendo, já pela segunda vez, este ano.
Desde criança vi fotos de minha mãe, nos anos 50 e 60 neste parque... Ela frequentava o mesmo com minha tia (sua irmã) e seu cunhado e passavam alguns dias por aqui anualmente, era tempo das estações das águas. Depois comecei a vir com ela, em excursões de ônibus, quando criança (como eu enjoava na serra...).
Depois de casado, foram várias viagens com ela para cá, as vezes com a família, em outras a trabalho, quando ela vinha como companhia de viagem, sempre acompanhada com alguma cunhada ou o meu irmão que ficavam na cidade, enquanto eu trabalhava nas cidades vizinhas. No retorno, eu passava por aqui para pegá-los e irmos de volta ao Rio.
Mas de todas as viagens, duas foram mais marcantes, a primeira em 1991, um mês após o nascimento de minha filha. Desta vez pegamos emprestada a casa de uma família amiga e ficamos um mês inteiro por aqui. Curtimos muito a cidade, o parque das águas, o mercado municipal (onde abrimos até conta fiado, para pagar no fim da viagem, acreditam?), fomos ao cinema, enfim... viramos nativos.
A segunda já foi em 2004, quando ficamos um final de semana prolongado (de quinta a domingo) com a minha irmã, minha esposa e filha e claro, minha mãe. Foi a primeira vez que eu e minha irmã viajamos juntos com ela e curtimos muito o Hotel Granville, com sua piscina, seus chás e o belo café da manhã, além da ida a Caxambu, que também é uma cidade muito agradável.
Atualmente ficamos no Hotel Central Parque, onde da varanda de nosso quarto podemos avistar todo o lago. É como se estivéssemos pertinho dela. E assim a cada vinda nossa à cidade, no mês de agosto, não nos entristecemos, porque certamente isso seria a última coisa que ela desejaria... Nestas viagens, brincamos, compramos doces diets, como ela fazia, tomamos uma cerveja, um vinhozinho e curtimos a boa gastronomia do lugar, além é claro de sempre pegarmos o pedalinho e irmos ao centro do lago, onde deixamos as suas cinzas, para orar por ela.
Foi esta forma que encontramos para estar junto a ela, no lugar que ela amava. É o nosso jeito de expressarmos carinho, gratidão e respeito e de dizer, sem palavras, o quanto a amamos e ainda vamos amar. Saudades sim, mas tristeza não cabe em nossa relação, que até o final foi sempre de risos e brincadeiras.
Ano que vem estaremos de volta, se Deus quiser... (isso eu aprendi com você, mãe!).
Amo vocês,
Marcel Peixoto.
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