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quinta-feira, 14 de agosto de 2014

POST 215/2014 - MISTURA DE BEM-TE-VI COM BEIJA-FLOR


Olá... Acho que já deu para perceberem o quanto eu gosto de aves e por isso elas frequentemente habitam o Blog, trazendo todo o seu charme e encantamentos.  Gosto ainda mais daquelas que estão livres na natureza, exercendo o direito sagrado de voarem para onde bem entenderem. Adoro vê-las, adoro ouvi-las e  principalmente adoro registrar meus encontros com elas.

Apesar de estarmos em uma cidade de mais de 800 mil habitantes e ainda morarmos no centro da mesma, Nova Iguaçu ainda conserva uma razoável quantidades de aves nativas em suas árvores urbanas. Neste ponto me sinto privilegiado, por acordar todos os dias ouvindo o canto dos pássaros e tendo a oportunidade de chegar em minha varanda, numa manhã de domingo e poder registrar na árvore do prédio uma visita como a da foto, feita hoje para o Blog.

Quando vi este pássaro pela primeira vez, confesso que fiquei em dúvida se tratava-se de um filhote de Bem-te-vi ou se era um tipo de Beija-flor mais robusto (em função do bico), contudo pesquisando descobri que nosso personagem de hoje é uma Cambacica.

A cambacica é um pássaro da família dos Coerebidae, sendo a única espécie do gênero Coereba. Tem larga distribuição nas Américas e também é conhecida popularmente no Brasil pelos nomes de sebinho, sebito, caga-sebo e mariquita.   Em inglês é mais conhecida como bananaquit e em espanhol entre seus vários nomes estão reinita, mielera, pinchaflor, santa marta, cazadorcita e picaflor.  Desde 1970 é a ave oficial das Ilhas Virgens Americanas e está presente  em seu braaão.

Este pássaro pesa em média 9,5 g, mede de 10,5 a 11,5 cm, tem o bico fino, escuro e levemente curvo, pernas e cauda curtas, e sua coloração em geral segue o seguinte esquema: a garganta cinzenta, o peito e abdome amarelo-limão, o dorso vai do amarronzado ao cinza-chumbo escuro, e na cabeça, preta, destaca-se uma larga risca branca superciliar. Pelo seu aspecto muitos a comparam a um bem-te-vi em miniatura. As várias subespécies podem ter coloração ligeiramente variada, mas há algumas inteiramente negras, enquanto outras podem ter menos cores ou cores menos definidas. Não existe dimorfismo sexual significativo, salvo alguma variação nos tons das cores: a cabeça das fêmeas pode ser mais escura, o papo mais claro e o ventre de um amarelo mais oliváceo. Os exemplares jovens têm cores mais opacas que os adultos.

Ela é conhecida por ser um pássaro ágil e irrequieto, tendendo a apresentar hábitos solitários e nômades. Não parece ser territorial, nem os machos disputam fêmeas com outros machos. Em zonas habitadas pelo homem desenvolve muita familiaridade para com este, permitindo aproximação a pouca distância, chegando inclusive a penetrar em residências em busca de alimento. Machos e fêmeas que não estão envolvidos na procriação constroem ninhos individuais para pernoite, de forma aproximadamente esférica e com uma entrada baixa e larga, usando grama, folhas, penas, teias de aranha, fibras vegetais, incluindo às vezes materiais fabricados pelo homem, como papéis, plástico e cordões, numa organização frouxa. Sua confecção leva de duas a quatro horas.

Cada vez mais eu amo a natureza...

Até a próxima,
                      Amo vocês,
                                       Marcel Peixoto.

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