Olá... Nada melhor que iniciarmos o mês de agosto em uma sexta-feira, assim parece que o mês será muito mais animado... E logo na manhã deste dia, da varanda de meu apartamento me deparei com um velho companheiro de jornada, um pardal. Claro, que imediatamente peguei a câmera e fiz o clique para o Blog de hoje.
A minha ligação com os pardais, advém de muitos anos... De longe era a ave que mais encontrava em todos os lugares onde eu ia, faziam algazarra nos finais de tarde nas árvores e por vezes eu e meus colegas éramos chamados pardais, justamente pela semelhança nos alaridos que fazíamos quando saímos da escola. Enfim, era um passarinho muito popular, mas hoje nem tanto...
O pardal é uma ave cosmopolita que se adapta bem a áreas urbanizadas e à convivência com os seres humanos. Alimenta-se à base de sementes durante a maior parte do ano e de insetos na época de reprodução. O pardal-doméstico foi introduzido pelo ser humano em todos os continentes e é atualmente a espécie de ave com maior distribuição geográfica.
O pardal (Passer domesticus) tem sua origem no Oriente Médio, entretanto este pássaro começou a se dispersar pela Europa e Ásia, chegando na América por volta de 1850. Sua chegada ao Brasil foi por volta de 1903 (segundo registros históricos), quando o então prefeito do Rio de Janeiro, Pereira Passos, autorizou a soltura deste pássaro exótico, proveniente de Portugal. Hoje, estas aves são encontradas em quase todos os países do mundo e tem se expandido pelo espaço rural, chegando até em algumas regiões a prejudicar a produtividade agrícola.
Estas aves medem aproximadamente 15 centímetros de comprimento (entre 14 e 16 centímetros), sendo sua envergadura de 19 a 25 centímetros. Há dimorfismo sexual na espécie, ou seja, há ocorrência de indivíduos do sexo masculino e feminino da espécie com características físicas não sexuais marcadamente diferentes.
Os machos apresentam duas plumagens: durante a primavera, apresentam cor acinzentada na região do píleo e na fronte; cor preta no loro e na garganta; cor marrom com riscos pretos nas asas e região dorsal; cor cinza-claro ou branca no rosto, peito e abdômen. As penas coberteiras e as rêmiges apresentam cor preta no centro e as pontas são em tons queimados. O bico é preto e os pés são cinza-rosados.
Já durante o outono apresentam cor preta no loro; garganta com coloração apagada ou quase inexistente. A plumagem no outono é menos evidente; a maxila é preta e a mandíbula é preta-amarelada. As fêmeas apresentam cor acinzentada no píleo; marrom nos loros, fronte e bochechas; e uma lista supraciliar clara. As rêmiges e a região dorsal são similares às dos machos. Indivíduos jovens apresentam características semelhantes às das fêmeas.
Esta espécie encontra-se em processo de extinção nas cidades. As mudanças urbanas têm afugentado os bandos para a zona rural. Cientistas e especialistas dizem que as alterações graves no ecossistema urbano nos últimos tempos tiveram enorme impacto sobre a população de pardais, cujos números estão declinando constantemente. Eles acreditam que as aves não podem retornar a menos que algumas medidas sejam tomadas agora.
Certamente vemos muito menos pardais na cidade, que outrora... Temo que os meus netos somente os conheçam por fotos e eu como saudosista que sou, lanço mão do Blog para homenagear essa espécie que tanto me traz recordações.
Até a próxima,
Amo vocês,
Marcel Peixoto
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