Olá... Estamos no primeiro sábado do mês de agosto e fez-se necessário uma ida ao Top Shopping, ainda pela manhã, para comprarmos umas lembrancinhas para um niver que iríamos no domingo. Para minha surpresa, ao chegarmos no shopping descobri que havia uma exposição de fuscas e acabei fazendo a foto acima, com o celular mesmo, para o Blog de hoje.
Então, o fusca é o carro que, muito provavelmente, esteve presente na vida de quase todos aqueles que nasceram nas décadas de 60 e 70, principalmente no Brasil. Eu mesmo tive dois, entretanto não foram histórias com finais felizes.
O primeiro era amarelinho e ganhei de minha querida tia, quando passei no vestibular para a faculdade pública. Como eu ainda não tinha carteira e nós não tínhamos garagem em minha casa, ele ficou guardado na casa de uma prima da minha mãe, enquanto providenciávamos a nossa.
Lembro-me como se fosse hoje, ele chegou no dia 03 de dezembro de 1983, obviamente não era zero, mas estava novinho e muito bem cuidado. Eu já havia providenciado a carteira de habilitação, contudo a mesma chegaria somente no dia 19 deste mês, aí finalmente eu poderia usar o carro. Mas quis o destino que isso não acontecesse, pois exatamente no dia 16 de dezembro, uma sexta-feira, meu fusca foi furtado dentro da casa desta prima. Imaginem meu desapontamento!
Como eu ainda não estava usando o carro, meus pais não haviam feito seguro do mesmo e assim a perda foi irrecuperável. Somente alguns anos depois, esta mesma tia, juntamente com meu pai, puderam na dar outro fusquinha, agora um azul claro. Este sim, ficou comigo por um tempo, mas um dia saindo de um bar, o guardador me perguntou: "Aquele fusquinha azul que estava estacionado aqui era seu?", respondi de pronto - Era não, é meu... e ele retrucou, "é seu não, era... pois acabaram de levar ele..." Acreditem, isso acoteceu a 300 metros da delegacia... E assim, tive e perdi dois fuscas...
Além de ser um bom carro, o Fuscão Preto, como o da foto do Blog, simbolizou a vertente mais brega do país, eternizado na música de Almir Rogério, que conta uma das mais famosas histórias de amor e traição, que povoam o imaginário brasileiro. Diz a música que um homem soube por outras pessoas que sua amada tinha sido "vista com outro, num Fuscão preto pela cidade a rodar". Ele roga a Deus que desminta o fato ou então o esclareça, quando então vê com seus próprios olhos "os dois juntos se desmanchando de amor".
Mais ou menos como na história do cara que pega a mulher com o amante no sofá da sala e se livra do sofá, nosso protagonista culpa o Fuscão pelo acontecido. Poucos sabem, mas a música que estourou em 1982 serviu de mote para um filme de mesmo nome, com o próprio Almir Rogério e - acreditem - Xuxa Meneghel. A moça no passado já viu o fuscão preto de bem perto...
Até a próxima,
Amo vocês,
Marcel Peixoto.
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