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sábado, 26 de julho de 2014

POST 203/2014 - DE TIJOLO EM TIJOLO


Olá... Terça-feira e nossa trabalho, que é ligado diretamente as obras, continua...  E nada mais representativo em uma obra que o tijolo.  Claro que existem produtos que são indispensáveis em qualquer obra, como por exemplo o cimento (produto o qual eu tenho uma forte ligação), entretanto o tijolo permeia nosso inconsciente e a ele é conferido uma certa magnificência paradoxal a sua simplicidade.

Certa vez, realizei um treinamento de capacitação profissional e um dos exercícios propostos para os participantes era olhar um determinado objeto e lhe imputar possíveis e inusitadas utilizações.  Escolhi o tijolo por ser algo de domínio público e simples, entretanto o resultado foi muito além de minhas expectativas.  Mais de trinta utilizações foram propostas, das que me lembro temos:  banquinho, churrasqueira, travesseiro, porta facas, arma, baliza de gol, escada, poupança, raquete, peso, estante, etc...

Muito provavelmente, se pedir a uma pessoa para lhe falar a primeira coisa que lhe vem a cabeça, quando falamos a palavra obra, certamente a maioria responderá tijolo. Então, por essa notoriedade, que resolvi trazê-lo ao Blog, fotografando algumas miniaturas que ganhei a muito tempo, quando fiz um curso sobre materiais cerâmicos.

O tijolo é um produto cerâmico, geralmente em  forma  de paralelepípedo, o qual é amplamente usado na construção civil, artesanal ou industrial. É um dos principais materiais de construção. O tijolo tradicional é fabricado com argila e de cor avermelhada devido cozimento e pode ser maciço ou furado

Os vestígios mais antigos de tijolos datam de 7500 a.C. e foram encontrados na Turquia. A partir de dados recolhidos nestas e outras descobertas arqueológicas, foi concluído que os tijolos cozidos foram inventados no terceiro milénio antes do nascimento de Cristo, no Médio Oriente, sendo uma inovação tecnológica importante, pois permitiu erguerem edificações resistentes à temperatura e à umidade.  Por volta do ano de 1200 a.C., a fabricação de tijolos generalizou-se na Europa e na Ásia.

A utilização do tijolo deve-se sobretudo à grande escassez de rocha e madeira em algumas regiões, o que fez com que as populações aderissem a outros materiais construtivos. Para tornar os edifícios mais seguros e resistentes os espaços vazios eram preenchidos com betume, palha e ervas. As dimensões dos tijolos encontrados tinham uma razão de 4:2:1; estas são as dimensões ideais para este tipo de elemento construtivo.

A Revolução Industrial trouxe a produção em massa de tijolos. As pequenas oficinas que produziam tijolos desapareceram para dar lugar a grandes fábricas, com fornos enormes, que tornavam a produção de tijolos mais rápida e barata. O uso do tijolo foi generalizado; por toda a Europa apareciam novas fábricas que precisavam de ser erguidas e a indústria dos tijolos expandiu-se largamente.

No século XX, no pré guerra, o tijolo foi posto a parte, passando o aço o concreto a serem os elementos construtivos eleitos. Hoje em dia, a utilização de tijolos está cada vez mais em desuso, pois surgiram produtos substitutos,  mas não abandonada. Nas obras mais econômicas, feitas pelo próprio consumidor, chamado de mercado formiguinha, a sua utilização continua firme e forte.  De tijolo em tijolo, o sonho da casa própria começa a se materializar.

Até a próxima,
                       Amo vocês,
                                          Marcel Peixoto.



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