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domingo, 13 de julho de 2014

POST 191/2014 - UMA MÃOZINHA CONTRA O MAU-OLHADO


Olá... Estamos na quinta-feira e resolvi trazer para o blog a foto de um amuleto que ganhei a mais de 10 anos, uma Hamsá... Incrível como o tempo foi cruel com ela, mesmo estando aposentada há algum tempo (foi utilizada como meu chaveiro por algum tempo), nota-se que está bem acabadinha.  

A hamsá (em árabe chamsá – literalmente “cinco”, referindo-se aos cinco dedos da mão) é um talismã com a aparência da palma da mão com cinco dedos estendidos, usado por praticantes do judaísmo e do islamismo como um amuleto contra mau-olhado.  Embora o Alcorão vete o uso de amuletos, a hamsá é facilmente encontrada entre seguidores do Islamismo.  O símbolo foi adotado pela cultura árabe, que o passou para os judeus. A chamsa também aparece no Budismo; é chamada de Abhaya Mudra  e possui conotação semelhante à descrita, significando a dissipação do medo.

Os muçulmanos a associam aos cinco pilares do Islamismo e também a chamam de mão de Fátima, sendo Fátima a filha preferida de Maomé. Notadamente, a hamsá aparece, junto com outros símbolos islâmicos, inclusive no brasão da Argélia em sua bandeira.  

Também é conhecida pelos nomes chamsá, mão de Deus, mão de Fátima, olho de Fátima, mão de Míriam ou mão de Hamesh. Popular entre os judeus, especialmente os sefarditas, eles inscrevem textos em hebraico, como a Shemá Israel, nas chamsás e também as chamam de mão de Miriam. Ela, no caso, foi a irmã de Moisés e Aarão. O símbolo também é associado ao Torá, que é composto de cinco livros.

É muito popular no Oriente Médio, especialmente no Egito. A mão pode ser encontrada em diversas formas, desde jóias até azulejos e chaveiros.  

Ela é uma mão simétrica, cujo polegar e o mindinho são idênticos e apontam para os lados e para o horizonte, e o dedo médio é o eixo de simetria. Há também hamsás com forma de pombas semelhantes a uma mão. Ela pode aparecer também como uma mão normal, com um polegar distinto do mindinho. 

Frequentemente, possui o desenho de olhos, com pombos, peixes (como a nossa) e estrelas de Davi  para fortalecer o seu simbolismo.  Em certas hamsás existem inscrições em hebraico (no verso de nossa constatamos essas inscrições), como a  Shemá Israel, por exemplo.

Existem evidências arqueológicas do uso da hamsá como um escudo contra o mau-olhado já antes do Judaísmo e do Islamismo. Há indícios de que a hamsá seria um símbolo fenício, associado a Tanit, deusa-chefe de Cartago cuja mão ou vulva afastava o mal.  

Atualmente, defensores da paz no Oriente Médio têm usado a chamsá, para amenizar a rivalidade entre os povos. O símbolo lembraria as raízes comuns do judaísmo e do islamismo. Nesse caso, não seria mais um talismã contra o mau-olhado, mas um símbolo de esperança de paz na conturbada região.

Até a próxima,
                      Amo vocês,
                                        Marcel Peixoto.


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