Olá... Um sábado cheio de comemorações... Depois de termos vários finais de semanas somente com jogos e mais jogos, finalmente chegou a hora de dedicarmos um sábado as comemorações de nossos santos festeiros e por já estarmos em julho, nada mais justo que fazermos uma Festa Julina. Para ilustrar o Blog, fiz a foto acima durante a festa.
Basicamente a festa julina é igual a uma festa junina, o que acontece é que em alguns lugares não é possível realizar a festa no mês de junho e então acaba ficando para o mês seguinte. Um fator que explica facilmente essa situação é que o dia de São João é dia 24 de junho e como fica no final do mês e logo em seguida há dias comemorativos de outros santos algumas comemorações ficam para o mês seguinte.
A tradição continua no mês de julho. A comida também é um ponto de destaque com as maças do amor, pipoca, pinhão, quentão e todas as delicias que todo mundo degusta nessa época do ano. Mas, não pense que a festa julina fica devendo alguma coisa para a outra festa, essas comemorações são bastante animadas e também tem fogueiras, comidas típicas, danças (quadrilhas) e até casamento encenado. No caso desta festa o casamento foi real, isso que é surpresa...
As festas juninas são, na sua essência, multiculturais, embora o formato com que hoje as conhecemos tenha tido origem nas festas dos santos populares em Portugal: Festa de Santo Antônio, Festa de São João e a Festa de São Pedro e São Paulo, principalmente. A música e os instrumentos usados (cavaquinho, sanfona, triângulo ou ferrinhos, reco-reco etc.) estão na base da música popular e folclórica portuguesa e foram trazidos para o Brasil pelos povoadores e imigrantes do país irmão.
As roupas caipiras ou saloias são uma clara referência ao povo campestre, que povoou principalmente o nordeste do Brasil e muitíssimas semelhanças se podem encontrar no modo de vestir caipira tanto no Brasil como em Portugal. Do mesmo modo, as decorações com que se enfeitam os arraiais tiveram o seu início em Portugal, junto com as novidades que, na época do descobrimento, os portugueses trouxeram da Ásia, como enfeites de papel, balões de ar quente e pólvora, por exemplo. Embora os balões tenham sido proibidos em muitos lugares do Brasil, eles são usados na cidade do Porto em Portugal com muita abundância e o céu se enche com milhares deles durante toda a noite.
O local onde ocorre a maioria dos festejos juninos é chamado de arraial, um largo espaço ao ar livre cercado ou não e onde barracas são erguidas unicamente para o evento, ou um galpão já existente com dependências já construídas e adaptadas para a festa. Geralmente, o arraial é decorado com bandeirinhas de papel colorido, balões e palha de coqueiro ou bambu. Nos arraiais, acontecem as quadrilhas, os forrós, leilões, bingos e os casamentos matutos.
E assim procuramos manter a tradição cultural de nossas festas, o que é muito importante para nossa história. Dizem que o brasileiro não dá valor ao passado e esquece de suas origens, mas não acho que isso seja verdade, as festas juninas ou julinas, são um bom exemplo.
Até a próxima,
Amo vocês,
Marcel Peixoto.
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