Olá... Finalmente chegamos na sexta-feira, mais uma vez nosso trabalho nos levou para a Barra da Tijuca e foi justamente neste bairro diferenciado da cidade do Rio de Janeiro que encontramos nosso alvo para a foto do Blog.
Ao passarmos por um semáforo bem próximo ao Barrashopping, avistamos uma coruja pousada na estrutura metálica do mesmo, estática, altiva, concentrada e atenta. Não perdi tempo, paramos o carro e fui fazer a foto acima. Imaginei que ela sairia em seguida voando, mas não, ali ela permaneceu por muito tempo, como se dona do lugar ela fosse.
Fui pesquisar na Net e descobri que nossa amiga é uma coruja-buraqueira, também chamada urucuriá, caburé-do-campo, coruja-do-campo, coruja-mineira, corujinha-buraqueira, corujinha-do-buraco, guedé, urucuera. Ela recebe o nome de "buraqueira" por viver em buracos cavados no solo. É uma coruja terrícola e de hábitos diurnos, embora tenda a evitar o calor do meio-dia.
Tem seu habitat do Canadá à extremidade sul da América do Sul, bem como em quase todo o Brasil, com a exceção da Amazônia. Tais aves chegam a medir até 27 centímetros de comprimento. Vivem, no mínimo, nove anos em habitat selvagem e dez em cativeiro. Costumam viver em campos, pastos, restingas, desertos, planícies, praias e aeroportos. Os predadores documentados dessa coruja incluem texugos, serpentes e doninhas.
A coruja-buraqueira possui um comportamento peculiar, além dos próprios feitos pelas corujas, por ser vista durante o dia e ficar pousada, ereta, em locais expostos (postes, troncos, muros, em cimas de cactos, etc) ou no solo. Tem o hábito de ficar sobre uma perna, o que não é copiado por outras corujas.
Utiliza um buraco não somente para assentamento, mas para descansar, esconder-se, como um refúgio durante o dia e construir ninhos, normalmente ocupados por um casal. É uma coruja tímida, mas é ligeiramente tolerante à presença humana. Cava seus próprios buracos com a ajuda dos pés e do bico, ficando até mesmo toda suja na construção da toca, mas ela prefere os buracos já feitos, abandonados por outros animais como os tatus, cachorros-da-pradaria, texugos ou esquilos de chão. Na chegada da primavera, a buraqueira macho escolhe ou escava um buraco, normalmente em regiões de capim baixo, onde prenda com facilidade insetos e pequenos roedores no solo.
Ela tem que virar o pescoço, pois seus grandes olhos estão dispostos lado a lado num mesmo plano. Essa disposição frontal proporciona à coruja uma visão binocular (enxerga um objeto com ambos os olhos e ao mesmo tempo). Isso significa que a coruja pode ver objetos em três dimensões, ou seja, com altura, largura e profundidade. Os olhos da coruja-buraqueira são bem grandes (em algumas subespécies de corujas, são até maiores que o próprio cérebro), a fim de melhorar sua eficiência em condições de baixa luminosidade, captando e processando melhor a luz disponível. Além de sua privilegiada visão, a buraqueira possui uma ótima audição, conseguindo localizar sua presa com apenas este sentido.
A qualquer sinal de perigo, a coruja buraqueira emitem um som alto, forte e estridente, esse alarme é dado durante o dia, chamando a atenção para a mesma. Os filhotes, ao escutarem o alerta, entram no ninho, enquanto os adultos voam para pousos expostos e atacam decididamente qualquer fonte de perigo para os filhos. Eles também fazem outros sons que são descritos como pancadas e gritos, que é parecido com "piá, piar, piaaar". Quando as buraqueiras emitem esses sons, normalmente estão movimentando a cabeça, para baixo e para cima. Os filhotes também emitem sons: quando perturbados, produzem um som que lembra o de uma cascavel, espantando assim os predadores.
É o mundo animal dentro da cidade. Vemos que a cada dia os animais se adaptam mais aos ambientes humanos, pois a invasão do homem a seu habitat só aumenta, para eles adaptar-se é uma questão de sobrevivência...
Até a próxima,
Amo vocês,
Marcel Peixoto.
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