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terça-feira, 8 de julho de 2014

POST 187/14 - JARDIM DE BROMÉLIAS


Olá... Um domingo para relaxar e nada melhor que estar próximo a natureza.  Percebo uma mudança grande em mim, depois que a fotografia entrou em minha vida.   Hoje sinto uma enorme necessidade de estar em contato com o meio ambiente, parece que a comunicação com o exterior passou a ser uma premissa e registrar essa convivência tem me dado muito prazer.

Neste domingo fiz várias fotos de flores e plantas, que futuramente podem até se tornar em um ensaio, tal a beleza das mesmas, contudo como a proposta do Blog é escolher sempre uma única foto, resolvi apresentar para vocês esse fantástico Jardim de Bromélias.

Exuberantes, resistentes, de fácil cultivo e com a vantagem de não atraírem os mosquitos da dengue, as bromélias são flores com a cara do verão e servem como ornamento para jardins e varandas ou mesmo para espaços internos da casa ou ambientes públicos, tamanho seu poder de adaptação e resistência.

Com mais de 3,2 mil espécies, sendo cerca de 43% nativas do Brasil e distribuídas em territórios como Floresta Amazônica, Mata Atlântica, caatinga, campos de altitude e restingas, a família Bromeliacea caracteriza-se pelo agrupamento de folhas em forma de roseta.

O que torna a bromélia tão resistente e de fácil adaptação a ambientes desfavoráveis é o seu sistema de absorção de água e nutrientes, que ocorre através das folhas recobertas por escamas e, em algumas espécies, nas rosetas (formação definida pelo arranjo das folhas) que armazenam água. Esse sistema é de suma importância para sua sobrevivência e a de diversos outros microrganismos que ali procriam, tal qual um ecossistema próprio.  Todavia, apesar de as bromélias serem tolerantes à falta d'água, a irrigação é fundamental para o desenvolvimento dessas plantas.

Em estudo realizado pela UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), a partir de 2005, foram registradas cerca de 300 espécies de animais (especialmente insetos) associadas às bromélias da Mata Atlântica, o que mostra sua importância na manutenção da fauna do bioma do qual essa família faz parte. 

Na pesquisa, uma das frentes preocupa-se em identificar os tipos de insetos que frequentam a água contida nos tanques das bromélias, especialmente quando se trata de mosquitos. Sabe-se que em ambientes urbanos as larvas mosquitos podem ser encontradas nas bromélias, mas em quantidades ínfimas, o que faz das plantas ambientes inócuos. 

A maioria de Bromeliacea sobrevive apoiada em outras plantas, com o intuito de obter mais luz e mais ventilação. Ao contrário do que muitas pessoas pensam, esses vegetais não são parasitas, e, sim, plantas epífitas, "encontradas em árvores, galhos secos e até em fios elétricos". As epífitas não necessitam de substrato e podem ser fixadas diretamente em troncos ou em placas de fibra de coco,  etc.

Desprovidas de "tanques", as bromélias terrestres são cultivadas diretamente na terra, de preferência de fácil drenagem, seja em vasos ou no solo. Podem ser plantadas em brita número zero misturada a húmus de minhoca e um pouco de areia lavada.  Outro tipo são as rupícolas, que vivem em frestas de rochas ou ficam fixas nas pedras, mas também podem ser plantadas em vasos com  o uso de brita e húmus para o substrato.

As bromélias lideram a lista de espécies ameaçadas da Mata Atlântica, devido à coleta indiscriminada. Por isso, antes de pensar em um jardim com bromélias, certifique-se sobre a sua procedência. Para ajudar a evitar a extinção, compre apenas exemplares cultivados em viveiros.

Até a próxima,
                      Amo vocês,
                                         Marcel Peixoto.

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