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sábado, 19 de julho de 2014

POST 198/2014 - ATIRADEIRA, BRINQUEDO PARA ADULTO


Olá... Estamos na quinta-feira e estamos buscando estratégias para impulsionar nosso desempenho no trabalho e foi justamente pensando nisso que começamos a pensar literalmente em instrumentos de impulsão. A primeira coisa que me veio a cabeça foram as catapultas, que são como uma arma de guerra, as quais utilizam uma espécie de braço para lançar um objeto.

Mas isso está muito longe de nossa realidade, daí me lembrei dos tempos de criança e foi procurar minha atiradeira... A encontrei e fiz a foto para o Blog de hoje. Preciso ressaltar que pelo passar dos anos a borracha se desfez e só restou a estrutura de madeira, a qual, diga-se de passagem, foi feita com um galho de goiabeira. Engana-se quem pensa que não é resistente, é quase inquebrável.

A atiradeira (ou badoque, bodoque, badogue, estilingue, baladeira, baleeira, peteca, seta, setra, funda, beca ou, para os lusitanos,fisga) é uma pequena arma, de forma geral bastante simples, equipada com tiras elásticas capazes de disparar um projétil impulsionadas pela mão. O formato clássico consiste de uma pequena madeira em forma de “Y”, encontrada naturalmente em árvores, com duas borrachas presas em uma de suas extremidades às forquilhas.   As árvores mais comumente usadas são o leiteiro, a goiabeira, a jabuticabeira, entre outras que naturalmente tem galhos perfeitos em Y e com uma boa resistência. 

Para o elástico, um material comum é a borracha de câmaras de ar, cortada em tiras. Atualmente, nas cidades maiores se usa também uma peça de ferro de construção dobrada para fazer as vezes de forquilha e como elástico usa-se uma mangueira de látex muito comum em estabelecimentos hospitalares, popularmente conhecida como "tripa de mico".   As  extremidades das tiras vão até uma bolsa onde fica o projétil (normalmente uma pedra, ou até mesmo uma bola de gude).  A bolsa, normalmente feita de couro, é agarrada pela mão dominante do atirador e puxada para trás até ao ponto desejado para fornecer energia ao projétil. 

A prática de estilingues no Brasil ainda é bastante comum em brincadeiras infantis e adolescentes, principalmente em áreas menos urbanizadas e no campo. Observa-se, contudo, em pequena medida, o uso do estilingue na prática de caça e até mesmo na pesca por parte de muitos adultos e uma tendência à prática como hobby.

O hobby tem ganhado fôlego com o crescente acesso a vídeos da internet de seu uso como passatempo e esporte em outros países. Tem havido, além disso, pequenos campeonatos municipais e de algumas associações Brasil afora. Em fevereiro de 2012, por exemplo, a Associação de Metalúrgicos de São Carlos promoveu um campeonato com prêmios de até 3.000,00 reais para os competidores. Mais de 300 competidores foram inscritos.

A atiradeira ou o estilingue é uma arma de baixo poder, que infelizmente a vemos sendo utilizadas em manifestações, como as recentes no país. Em alguns países, alguns modelos podem ser considerados até proibidos, considerando-se a utilidade ou potência, medida pela força de "puxada", em quilos ou libras, como arcos e bestas. Deve-se sempre, evitar apontá-la para o corpo, especialmente nos olhos, pois pode causar ferimentos.

Não considero saudável para as crianças qualquer brinquedo que simule ou remeta a qualquer tipo de armas, assim sendo considero que a atiradeira, deva ficar apenas nos registros como um brinquedo antigo e fora de moda...

Até a próxima,
                      Amo vocês,
                                        Marcel Peixoto.


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