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quarta-feira, 16 de julho de 2014

POST 192/2014 - SEXTA-FEIRA DE LUA CHEIA, OUÇO UIVOS AO LONGE...



Olá... Sexta-feira finalmente chegou e a expectativa para os jogos do final de semana já não é mais  a mesma... Enfim, vida que segue... Para brindar a noite, uma linda Lua Cheia pairava sobre  a cidade e de dentro do clube, onde eu estava, a avistei, rapidamente peguei a câmera e cliquei a cena acima para apresentar aqui no Blog.

Uma das fases da Lua,  quando a sua totalidade é refletida na Terra é chamada de Lua cheia. Ocorre quando a Lua completa um movimento de 180° após a Lua Nova, assim, seu disco lunar totalmente iluminado é visível à noite, pois ela se opõe ao Sol em relação à Terra. O luar, nada mais é que o brilho característico da Lua, bem dominante nessa fase. .

Como a órbita lunar é uma elipse, e não um círculo perfeito, assim como as outras fases, a lua cheia pode se localizar em um ponto mais próximo da Terra, Perigeu, ou  mais distante, Apogeu. A lua cheia no perigeu é 14% maior e 30% mais brilhante do que no apogeu.

Pelas previsões astrológicas, neste sábado, 12 de julho, por volta das 8 horas 30 minutos, a lua entra em sua fase Cheia no signo de Capricórnio. Algumas mudanças estão previstas para esta semana, em que as energias mais densas caminham para ficar definitivamente para trás, depois desta Lua Cheia. As emoções sempre ficam mais afloradas durante esta fase lunar, portanto, é importante ficar atento à impulsividade, que em nenhuma circunstância será bem-vinda.

A lua cheia está muito ligada ao mito do Lobisomem e as estórias passam através dos tempos.  Me lembro muito bem de sentar com a minha avó e ouvir suas estórias sobre a Lenda - Sexta-feira de Lua Cheia e a Aparição do Lobisomen.  Segundo ela, quando pequena, em uma noite de Lua Cheia, escutou uivos na noite e barulhos na porta da casa como se um grande animal usasse a pata para arranhar a mesma... Imaginem o desespero dela!  No dia seguinte a porta estava marcada com  sulcos, segundo ela, feitos pelas unhas da fera.

A crença no lobisomem prevaleceu na Europa Medieval, tendo seu auge no final do século XVI, onde o assumiram definitivamente como uma criatura do mal, . Na França, mais de 30.000 ações judiciais ocorreram contra Lobisomens, e quase 100 delas foram executadas, pois os acusados teriam cometido seus crimes na forma lupina.  Um dos casos mais conhecidos foi de Pierre Bourgot, um pastor que em 1521 foi julgado pelos assassinatos brutais de várias mulheres jovens, declarando que se transformava em lobo durante o processo.

Durante esse período de "Caça às Bruxas", os lobos foram perseguidos e mortos, muitos chegando a quase extinção. A Igreja Católica via o lobisomem como encarnação do mal, sendo um descendente de Caim ou como uma monstruosidade criada ao se vender a alma ao diabo.  Na época, na França qualquer pessoa que tivesse muito pelo corpo todo, com sobrancelhas grossas que se fundem, com a palma das mãos muito ásperas e calejadas, de olhos arregalados e grandes poderia vir a ser condenada como lobisomem pela inquisição.

Foi nessa época que surgiram histórias como "Chapeuzinho Vermelho" e dos "Três Porquinhos", que estão longe de serem leves como nas versões da Disney, pelo contrário, nas histórias originais ocorriam estupros e canibalismo, que serviam como alerta a população.   Os  lobos sempre tiveram associações com as forças naturais, tal qual a Lua Cheia, os dias de tempestade onde os ventos "uivavam" para a imaginação popular, eram lobos gigantes que traziam os ventos e as tempestades, devastando tudo.

Enfim, a Lua alimenta muitos mitos e lendas, mas também tem um grande significado na cultura humana ao longo dos séculos, quando tivemos como referência de tempo, contagem, calendários, etc… Além disso tudo, o satélite natural da Terra tem participação fundamental na estabilidade da órbita de nosso planeta ao redor do Sol e na origem da vida, dando dinamismo aos oceanos – e assim também aos ciclos atmosféricos - pelos efeitos das marés, também fundamentais à vinda da vida para os continentes, trazendo nutrientes dos oceanos.

Até a próxima,
                       Amo vocês,
                                          Marcel Peixoto.


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