Olá... Recebi um convite de um amigo, que é um verdadeiro desbravador, para conhecermos a nova estrada que corta o nosso Estado. Como eu precisava ir a Campo Grande, fizemos um verdadeiro tour no Rio de Janeiro, almoçamos em Duque de Caxias, entramos no Arco Metropolitano e acabamos em Itaguaí, para aí sim seguirmos para Campo Grande.
A estrada, que estava com apenas um dia de inaugurada, ainda tinha alguns problemas na pista, com acessos interditados e cones em alguns pontos, mas o asfalto está perfeito e o traçado é muito bonito. Ela corta algumas regiões que eram quase desabitadas, trazendo um belo visual ao viajante. Aproveitei esta rodada para fazer algumas fotos e me identifiquei com o arco da foto, o qual da o nome a nova rodovia.
O projeto do arco tem mais de 40 anos, mas só em 2008, após ser incluído no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) começou a ser construído, com investimentos do governo federal e estadual que somam R$ 1,9 bilhão. Seu nome oficial é Rodovia BR-493/RJ-109.
O projeto sofreu alguns atrasos porque, além de três mil desapropriações, escavações foram revelando sítios arqueológicos que, ao final da obra, somavam 68. E, de acordo com o governo do estado, foi preciso ainda construir oito viadutos sobre dutos da Petrobras e dois outros sobre um lago em Seropédica, para não pôr em risco o habitat da rã Physalaemus Soaresi, espécie rara, ameaçada de extinção. De acordo com a Secretaria Estadual de Obras, a Physalaemus Soaresi atrasou a obra em mais de um ano, encarecendo o projeto em R$ 18 milhões.
Hoje, com todo a consciência ecológica que os governos tentam praticar, se surge uma perereca no meio do caminho, faz necessário estudar que perereca é esta, qual a espécie, como fazer para garantir a procriação, etc. O mesmo em relação aos sítios arqueológicos e com as desapropriações.
Já o Instituto de Arqueologia Brasileira responsável pela identificação, catalogação e retirada das peças dos sítios arqueológicos, coletou 50 mil peças inteiras ou fragmentadas no trajeto e nas cercanias da rodovia, entre elas cachimbos africanos, louças europeias dos séculos XVI, XVII, XVIII e XIX, sambaquis, louças chinesas e urnas funerárias da cultura tupi-guarani. O mais antigo sítio encontrado, segundo o IAB foi um sambaqui em Duque de Caxias, com mais de dois mil anos de existência.
Por tudo isso, considero que a obra foi uma grande aventura, descobrindo muitas coisas do passado e abrindo as portas para o desenvolvimento do futuro. Certamente, em muito beneficiará o povo carioca.
Até a próxima,
Amo vocês,
Marcel Peixoto.
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