Olá... Dia 13 de julho de 2014, final da Copa do Mundo do Brasil, um fato que se repete depois de 64 anos, só que desta vez nem lá conseguimos chegar... A Copa passou e nem ao mesmo no estádio mais respeitado do mundo o Brasil jogou, a soberba foi tanta que havia uma certeza que de a seleção estaria na final e no entanto, deu no que deu...
E já que começamos falando de futebol, vamos dar continuidade com um pássaro que habita os gramados de vários estádios, inclusive o Maraca, esse pássaro é o Quero-quero.. E por uma coincidência do destino, acabei por me deparar com ele em um gramado, que não era de futebol, mas bem que lembrava um... Assim, fiz a foto acima para apresentar aqui no Blog.
O quero-quero é uma ave de porte médio a pequeno, com 32 a 38 cm de comprimento e 300 a 320 g de peso. Não há dimorfismo sexual, que significa que entre machos e fêmeas não há diferenças. Quando adulto, ostenta esporões no ângulo das asas, usados como arma de ataque e defesa. Tem plumagem negra orlada de branco na testa e na garganta, e uma larga área negra no peito. Do topo da cabeça e lados do pescoço, até o dorso, é cinza, podendo ter um tom de marrom ou azul.
Mesmo sendo extremamente comum, é uma espécie ainda pouco estudada. Prefere viver em zonas de baixa altitude, em campos, praias arenosas, brejos, mangues e várzeas úmidas, onde predomine a vegetação rasteira, tolerando habitats degradados e a presença humana.
Pode penetrar em áreas urbanas, quando escolhe partes abertas como aeroportos, jardins, gramados e até mesmo campos de futebol, pelo que frequentemente vira notícia atrapalhando os jogadores em partidas. Graças à sua vasta área de ocorrência e a uma população grande que parece estar crescendo, foi classificado como espécie em condição pouco preocupante em relação a extinção. Costumam andar em pares ou em pequenos grupos, mas já foram observados bandos de mais de cem indivíduos. Não há dados sobre o tamanho de sua população total, já que os estudos até agora realizados se concentraram principalmente sobre grupos de áreas urbanas. Não há tampouco evidência de que as atividades humanas estejam prejudicando a espécie como um todo.
O quero-quero é uma ave territorial muito vigilante e dá o alarme ao primeiro sinal de algum intruso em seus domínios, seja dia ou seja noite. Apesar de ser um bom voador, sendo visto a fazer acrobacias no céu, passa a maior parte do tempo em terra. São em geral monogâmicos e pouco exigentes na elaboração dos ninhos, que constroem em uma pequena depressão no solo, que consiste de um frouxo e raso amontoado de palha e gravetos em formato mais ou menos circular. Põem de três a quatro ovos esverdeados de casca pintada de negro que pesam em torno de 26 g, que, se a camuflagem de suas penas e outras táticas que empregam não despistam os predadores, os pais defendem vigorosamente, emitido gritos e voando rasante em sua direção como se fossem atacá-los, embora se retirem pouco antes de o contato se efetivar.
Atacam também o homem, se este se aproxima. Durante uma estação reprodutiva, que varia de região para região e pode se estender até por metade de um ano, coincidindo com a época das chuvas, os pais podem produzir até três ninhadas. A taxa de natalidade é de cerca de 70%, mas somente cerca de 20% atinge a idade adulta. Pouco depois de nascerem os pintos já acompanham os pais em suas andanças e se alimentam por conta própria, como eles, de insetos e outros pequenos invertebrados e peixes, sendo muitas vezes vigiados por um terceiro adulto ou pelo grupo. Com sessenta dias de vida já podem voar e já mostram uma plumagem semelhante aos adultos, embora com estrias. Aves de rapina, mamíferos e répteis são os maiores inimigos dos filhotes, mas o homem muitas vezes destrói inadvertidamente os ninhos que se encontram em áreas de lavoura. Quanto aos adultos, já foi observado que o Carcará lhe é predador
O quero-quero é comum em muitos países; é a ave-símbolo do Uruguai e do estado brasileiro do Rio Grande do Sul, por isso em seu redor se formaram várias lendas, aparece em cantigas tradicionais e se tornou personagem literário e dramatúrgico. Também deu seu nome a produtos e estabelecimentos comerciais, projetos educativos e um grupo musical gauchesco.
Este pássaro curioso, a que a natureza concedeu o penacho da garça real, o vôo do corvo e a laringe do gato, tem o dom de encher os descampados com o grito estridente e profundo, onde a fidelíssima onomatopéia o batiza: Quero-quero...
Até a próxima,
Amo vocês,
Marcel Peixoto.
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