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segunda-feira, 28 de julho de 2014

POST 205/2014 - TELA DE ABERTURA DO WINDOWS


Olá...  Estamos na quinta-feira, ressaca do niver de ontem,  mas com muito trabalho pela frente.  Assim deixei minha cidade em direção a Volta Redonda, para visitar algumas obras.  Neste trajeto acabei por chegar a um condomínio que fica no alto da cidade e quando olhei para a vista, imediatamente veio a minha mente a imagem do descanso de tela utilizado por muito tempo pelo sistema Windows, logo cliquei a imagem para o Blog... mas não lembra mesmo?

Isso tem uma explicação lógica. pois a referida imagem pode ser a mais vista no mundo todo, por aqueles que simplesmente ligaram o seu computador. A imagem chama-se “Bliss” e foi escolhida pela Microsoft  para servir como principal foto de abertura do sistema operacional Windows.  

O blog fotográfico Morts, afirma que ela foi vista por mais de 1 bilhão de pessoas. Como efeito comparativo, a publicação afirma que outra imagem bastante famosa, o quadro Mona Lisa, de Leonardo Da Vinci,  foi visto 6,8 milhões de vezes, segundo dados do Louvre, em Paris.  É um número inimaginável...

Claro que tudo não passa de uma estimativa, baseada em quantas pessoas usaram o Windows XP e viram essa imagem desde 2002. O importante foi chamar atenção para o autor do clique, o ainda desconhecido Charles O’Rear.  Quando o fotógrafo, hoje com 73 anos, vendeu sua imagem para a Microsoft, ele não sabia que milhões e milhões de pessoas a veriam estampada na tela do computador.

O fotógrafo em entrevista recente a um jornal americano, confessou: “Se eu soubesse o quão popular ela se tornaria e quantos computadores estariam com ela, eu teria feito um trato e comentado ‘apenas me dê alguns centavos para cada vez que ela for vista’, isso seria um negócio melhor”.  Ex-funcionário da National Geographic, ele se recusa a dizer quanto recebeu da Microsoft, mas revela apenas que foi “extraordinário”.   Quem sabe um dia eu tenha uma foto assim?

Muitos acreditam se tratar de um local que não existe no mundo real, mas não é bem assim. Segundo O'Rear, ele estava passeando pela Califórnia, para buscar sua namorada em 1996, quando parou o carro para admirar a paisagem dos campos e tirar uma foto com sua câmera Mamiya RZ67. Uma tempestade passou pelo local, mas algumas nuvens haviam ficado – e de lá ele tirou a icônica fotografia.

Pouco tempo depois, a Microsoft havia descoberto a imagem graças a uma agência de fotografias que Bill Gates fundara em 1989. No entanto, o arquivo da fota não apresentava uma qualidade muito boa, então a empresa buscou o fotógrafo para comprar a original.

“Eles pediram a original, então nós chamamos o serviço dos correios”, comenta O’Rear, salientando que o transporte sairia muito caro para garantir a segurança da foto. “Então a Microsoft me disse:  ‘aqui está uma passagem de avião, nos traga aquela imagem, ela é muito valiosa’”. Será que a companhia de Bill Gates já sabia naquele tempo que a foto ficaria tão famosa?

O mais incrível é que ele usou uma câmera mediana, sem nenhum aparato tecnológico ou de produção. O local da imagem é na Califórnia e para que não tenham dúvida, o endereço foi revelado pelo site PetaPixel, para os fãs do Windows que queiram peregrinar até lá: 3101 Fremont Dr. (Sonoma Hwy.), Sonoma, CA. Com as coordenadas exatas: 38.250124,-122.410817.

Se quiserem conhecer o local, em Volta Redonda onde fiz a foto, é só pedir que informo também...

Até a próxima,
                      Amo vocês,
                                        Marcel Peixoto.

domingo, 27 de julho de 2014

POST 204/14 - AUTO-RETRATO - 50 ANOS


Olá... Dia 23 de julho de 2014, um dia muito especial em minha vida, pois há exatamente 50 anos eu estava nascendo.   Em uma conversa sobre o assunto com um grande amigo de infância, lembramos que não achávamos que chegaríamos a esta idade, afinal para nós o mundo acabaria na virada do século - ledo engano.

Quando somos jovens vivemos sem nos preocuparmos com a idade, mas na medida que o tempo passa, as coisas vão se transformando, nossas preocupações mudam, chegam as responsabilidades,  os estudos nos preparam (ou deveriam) para assumirmos posições profissionais, mudamos de posição dentro da família, deixando de sermos filhos para sermos pais, enfim tudo muda.

O criador nos concedeu o maior presente da criação: o livre arbítrio.  E assim, passamos a utilizá-lo sendo responsável por nossa vida e esta é feita de infinitas escolhas...  Escolhemos o que vestir, o que comer, que caminho seguir, a quem amar, enfim...  e estas escolhas nos levaram onde estamos hoje. Simples assim, não existe certo nem errado, quando tomamos qualquer decisão, tenham certeza que, foi a melhor escolha feita para aquele momento.  Se lá na frente nos arrependermos, sempre poderemos recomeçar e fazermos diferente.

E em 50 anos, fazemos muitas escolhas e aprendemos muito com os nossos acertos e  erros e  ainda, por observação,  com os das pessoas que nos rodeiam. A esse acervo de vivências, chamamos de experiência de vida, muito útil nas novas escolhas e decisões futuras... É um ciclo virtuoso, que nos faz crescer, ou pelo menos deveria, a cada novo dia de vida.  E por esse aspecto o tempo está a nosso favor.

Keep Calm - Temos apenas 50 anos...  Gosto muito de uma frase do escritor francês Victor Hugo, que diz: "Os 40 são a velhice da juventude; os 50 são a juventude da velhice".  E é justamente como me sinto hoje, um jovem de 50 anos, cheio de projetos para o futuro, muito mais do que tinha aos 20, 30 ou 40 anos... 

Muito interessante perceber em nós mesmo essas mudanças... Só espero ter tempo para realizar tudo que estou projetando para daqui em diante... Me reinvento a cada dia, busco tornar-me uma pessoa melhor, primeiro para mim mesmo, depois para aqueles que convivem comigo e até para aqueles que estão me conhecendo hoje.  E em função da busca do Ser em detrimento do Ter, mudam-se os valores, muda-se  a percepção do mundo.

Pensei em fazer o Blog de hoje falando de minha trajetória nestes 50 anos, mas isso já virou história, o futuro ainda é um mistério, mas o hoje sim, este é uma dádiva e por isso chamado  presente, então vamos abri-lo e vivenciá-lo com toda a força com todo nosso amor. Vamos amar incondicionalmente, vamos ser felizes, vamos viver a vida intensamente.  E é assim que espero seguir os meus passos futuros e convido a todos vocês a seguirem comigo nesta aventura que é viver.

Aproveito o Blog, para agradecer a todos que se manifestaram, congratulando-me pela data, fiquei realmente muito feliz por saber que tenho tantos amigos.  O que seria de mim sem vocês?

Já ia esquecendo de falar da foto do Blog, o auto retrato acima, foi feito com a câmera apoiada em um tripé e com o temporizador, na sala de minha casa e sem nenhuma iluminação especial... A intenção da  foto é apenas registrar um ser humano, que apesar de todos os problemas da vida, ainda consegue ser feliz.  

Até a próxima,
                       Amo vocês,
                                         Marcel Peixoto.













sábado, 26 de julho de 2014

POST 203/2014 - DE TIJOLO EM TIJOLO


Olá... Terça-feira e nossa trabalho, que é ligado diretamente as obras, continua...  E nada mais representativo em uma obra que o tijolo.  Claro que existem produtos que são indispensáveis em qualquer obra, como por exemplo o cimento (produto o qual eu tenho uma forte ligação), entretanto o tijolo permeia nosso inconsciente e a ele é conferido uma certa magnificência paradoxal a sua simplicidade.

Certa vez, realizei um treinamento de capacitação profissional e um dos exercícios propostos para os participantes era olhar um determinado objeto e lhe imputar possíveis e inusitadas utilizações.  Escolhi o tijolo por ser algo de domínio público e simples, entretanto o resultado foi muito além de minhas expectativas.  Mais de trinta utilizações foram propostas, das que me lembro temos:  banquinho, churrasqueira, travesseiro, porta facas, arma, baliza de gol, escada, poupança, raquete, peso, estante, etc...

Muito provavelmente, se pedir a uma pessoa para lhe falar a primeira coisa que lhe vem a cabeça, quando falamos a palavra obra, certamente a maioria responderá tijolo. Então, por essa notoriedade, que resolvi trazê-lo ao Blog, fotografando algumas miniaturas que ganhei a muito tempo, quando fiz um curso sobre materiais cerâmicos.

O tijolo é um produto cerâmico, geralmente em  forma  de paralelepípedo, o qual é amplamente usado na construção civil, artesanal ou industrial. É um dos principais materiais de construção. O tijolo tradicional é fabricado com argila e de cor avermelhada devido cozimento e pode ser maciço ou furado

Os vestígios mais antigos de tijolos datam de 7500 a.C. e foram encontrados na Turquia. A partir de dados recolhidos nestas e outras descobertas arqueológicas, foi concluído que os tijolos cozidos foram inventados no terceiro milénio antes do nascimento de Cristo, no Médio Oriente, sendo uma inovação tecnológica importante, pois permitiu erguerem edificações resistentes à temperatura e à umidade.  Por volta do ano de 1200 a.C., a fabricação de tijolos generalizou-se na Europa e na Ásia.

A utilização do tijolo deve-se sobretudo à grande escassez de rocha e madeira em algumas regiões, o que fez com que as populações aderissem a outros materiais construtivos. Para tornar os edifícios mais seguros e resistentes os espaços vazios eram preenchidos com betume, palha e ervas. As dimensões dos tijolos encontrados tinham uma razão de 4:2:1; estas são as dimensões ideais para este tipo de elemento construtivo.

A Revolução Industrial trouxe a produção em massa de tijolos. As pequenas oficinas que produziam tijolos desapareceram para dar lugar a grandes fábricas, com fornos enormes, que tornavam a produção de tijolos mais rápida e barata. O uso do tijolo foi generalizado; por toda a Europa apareciam novas fábricas que precisavam de ser erguidas e a indústria dos tijolos expandiu-se largamente.

No século XX, no pré guerra, o tijolo foi posto a parte, passando o aço o concreto a serem os elementos construtivos eleitos. Hoje em dia, a utilização de tijolos está cada vez mais em desuso, pois surgiram produtos substitutos,  mas não abandonada. Nas obras mais econômicas, feitas pelo próprio consumidor, chamado de mercado formiguinha, a sua utilização continua firme e forte.  De tijolo em tijolo, o sonho da casa própria começa a se materializar.

Até a próxima,
                       Amo vocês,
                                          Marcel Peixoto.



sexta-feira, 25 de julho de 2014

POST 202/2014 - URUBUZADA


Olá... A semana começando e a segunda-feira promete, com um dia com céu de brigadeiro, limpinho sem nenhuma nuvem... Mas se atentarmos bem, vamos ver este céu sendo visitado por algumas aves e com a câmera em mãos, não resisti para clicar uma delas que pairava sobre a cidade e fiz a foto do Blog de hoje.

Quando fotografei, confesso que ainda não havia identificado a ave, somente depois que descarreguei o arquivo no laptop, que descobri tratar-se de um urubu.   Na verdade, este é um urubu-de-cabeça-preta (Coragyps atratus) é uma ave catartiforme, pertencente ao grupo dos abutres do Novo Mundo.  É uma das espécies do grupo mais frequentemente observadas, devido ao fato de realizar voos planados a grandes alturas, por ser consumidor de carcaças animais e por possuir atividade durante todo o dia.

Dentre os urubus, é o de menor envergadura. Apesar de seu tamanho, é o mais agressivo dos urubus menores, disputando avidamente uma carcaça com as outras espécies. Não possui o olfato apurado do gênero Cathartes, localizando a carniça pela visão direta ou observando os outros urubus pousando para comer. Costuma deslocar-se a grande altura, usando as correntes de ar quente para diminuir o custo energético do voo. Sua visão é excepcional, tendo boa acuidade para objetos a grande distância. 

Para diferenciá-lo dos outros urubus, em voo, destaca-se o formato mais curto e arredondado das asas,  com a ponta mantida um pouco à frente da cabeça. Quase no final de cada asa, forma-se uma área mais clara, quase um círculo. Exceto por essa área mais clara, adultos e jovens são totalmente negros, inclusive a pele nua da cabeça e o pescoço. 

Além do planeio passivo, batem ativamente as asas, produzindo um ruído forte e característico,  soando como se fosse um avião a jato. Deixam-se cair de grande altura, em voo picado, para frear nas proximidades do solo ou da vegetação, abrindo as asas. O ar passando rapidamente pelas penas das asas produz o som. 

O urubu-de-cabeça-preta possui de comprimento 62 centímetros e de envergadura cerca de 143 centímetros com peso de 1,6 quilo. Eles fazem seus ninhos em terrenos longe da presença humana, junto do solo e nunca são feitos a mais de 50 cm. Os ovos, de cor cinza ou verde-pálida, são incubados por ambos os genitores durante 32 a 40 dias. Os juvenis eclodem com plumagem branca e são alimentados por regurgitação. Com o passar dos dias, os juvenis ganham uma cor branco-rosada e penas um pouco azuladas. O primeiro voo ocorre por volta das 10 a 11 semanas e com cerca de 3 meses já têm a plumagem de adulto.

O urubu-de-cabeça-preta alimenta-se de carniças e frutas em decomposição como a pupunha. Este modo de alimentação necrófaga confere-lhes importância ecológica, pois ajudam a eliminar carcaças do ecossistema.  Em áreas habitadas por humanos, eles também se alimentam de matéria em decomposição em depósitos de lixo.

Fora tudo isso, ainda representam aquele time de futebol que ao contrário da aves que voam alto, estão enterrados no última posição do campeonato brasileiro... Além disso, as demais semelhanças não são meras coincidências...   Temos que aproveitar o momento para tirar um sarro deles, afinal é isso que alimenta o futebol, as brincadeiras saudáveis...  No fundo até me simpatizo com a urubuzada... 

Até a próxima,
                      Amo vocês,
                                         Marcel Peixoto.


POST 201/14 - HIBISCO, UMA FLOR QUE GOSTA DE SOL


Olá...  Um lindo domingo ensolarado, típico de inverno, pois apesar do sol, a temperatura mantinha-se amena e muito agradável.  Um dia ideal para estar mais próximo a natureza e foi aproveitando tudo isso, que encontrei esta bela flor amarela, que logo que vi, pensei em clicá-la para o Blog.

A flor em questão era uma das preferidas de minha mãe, trata-se de um hibisco.   O hibisco, originário da Ásia Tropical, é um arbusto perene que pode alcançar 4 metros ou mais de altura.  Nas ilhas do Pacífico é usado como adorno pelos nativos e é a flor símbolo do Havaí. A planta tem crescimento rápido e possui folhagem densa e brilhante, o que faz dela uma das favoritas quando se quer formar uma cerca-viva.

O florescimento é intenso e ocorre quase o ano todo. As flores podem ser simples, dobradas, grandes ou pequenas, de pétalas lisas ou crespas. O que todas têm em comum é a curta duração, que varia de 1 a 2 dias; felizmente, novos botões se abrem constantemente. As cores tradicionais, vermelho, branco, amarelo, cor-de-rosa ou lilás, como a do hibisco-da-síria, ganharam novo brilho e intensidade nas novas variedades anãs desenvolvidas nos últimos anos.

É muito cultivado no Brasil devido ao seu rápido crescimento, rusticidade e beleza. No paisagismo é muito utilizado para enfeitar jardins e praças e também, como já foi citado, é ótimo para cercas vivas. Mas também serve como arbusto, renques, composições ou simplesmente como planta isolada em vasos. Necessita de uma poda de formação para que não cresça de forma irregular.

De característica tropical, o hibisco deve ser cultivado a pleno sol, em solo fértil, enriquecido com matéria orgânica com adubações periódicas para uma floração exuberante. Não tolera geadas. Suporta a salinidade e o sombreamento parcial.  Enfim, considero uma flor com características bem cariocas...

Atualmente, o hibisco tem sido utilizado para emagrecimento. O chá de hibisco é preparado com o cálice do botão seco da flor chamada Hibiscus Sabdariffa, que não é aquela espécie de hibisco normalmente encontrada nos jardins, como o da foto por exemplo. Devido a esta planta, a bebida é rica em substâncias antioxidantes como flavonoides e ácidos orgânicos. Estes nutrientes proporcionam diversos efeitos benéficos, entre eles, a ação diurética, impedindo a retenção de líquidos, e a capacidade de evitar o acúmulo de gorduras, principalmente na região da barriga e quadris.

Este último ocorre porque o chá reduz a adipogênese, processo no qual ocorre a maturação de células pré-adipócitas que se convertem em adipócitos maduros, capazes de acumular gordura no corpo.  Mais uma dica do Blog...
Até a próxima,
                      Amo vocês, 
                                         Marcel Peixoto.

quinta-feira, 24 de julho de 2014

POST 200/2014 - FESTA JULINA, A TRADIÇÃO CONTINUA


Olá... Um sábado cheio de comemorações... Depois de termos vários finais de semanas somente com jogos e mais jogos, finalmente chegou a hora de dedicarmos um sábado as comemorações de nossos santos festeiros  e por já estarmos em julho, nada mais justo que fazermos uma Festa Julina.  Para ilustrar o Blog, fiz a foto acima durante a festa.

Basicamente a festa julina é igual a uma festa junina, o que acontece é que em alguns lugares não é possível realizar a festa no mês de junho e então acaba ficando para o mês seguinte. Um fator que explica facilmente essa situação é que o dia de São João é dia 24 de junho e como fica no final do mês e logo em seguida há dias comemorativos de outros santos algumas comemorações ficam para o mês seguinte.

A tradição continua no mês de julho. A comida também é um ponto de destaque com as maças do amor, pipoca, pinhão, quentão e todas as delicias que todo mundo degusta nessa época do ano.  Mas, não pense que a festa julina fica devendo alguma coisa para a outra festa, essas comemorações são bastante animadas e também tem fogueiras, comidas típicas, danças (quadrilhas) e até casamento encenado. No caso desta festa o casamento foi real, isso que é surpresa...

As festas juninas são, na sua essência, multiculturais, embora o formato com que hoje as conhecemos tenha tido origem nas festas dos santos populares em Portugal: Festa de Santo Antônio, Festa de São João e a Festa de São Pedro e São Paulo,  principalmente. A música e os instrumentos usados (cavaquinho, sanfona, triângulo ou ferrinhos, reco-reco etc.) estão na base da música popular e folclórica portuguesa e foram trazidos para o Brasil pelos povoadores e imigrantes do país irmão. 

As roupas caipiras ou saloias são uma clara referência ao povo campestre, que povoou principalmente o nordeste do Brasil e muitíssimas semelhanças se podem encontrar no modo de vestir caipira tanto no Brasil como em Portugal.  Do mesmo modo, as decorações com que se enfeitam os arraiais tiveram o seu início em Portugal, junto com as novidades que, na época do descobrimento,  os portugueses trouxeram da Ásia, como enfeites de papel, balões de ar quente e pólvora, por exemplo.   Embora os balões tenham sido proibidos em muitos lugares do Brasil, eles são usados na cidade do Porto em Portugal com muita abundância e o céu se enche com milhares deles durante toda a noite. 

O local onde ocorre a maioria dos festejos juninos é chamado de arraial, um largo espaço ao ar livre cercado ou não e onde barracas são erguidas unicamente para o evento, ou um galpão já existente com dependências já construídas e adaptadas para a festa. Geralmente, o arraial é decorado com bandeirinhas de papel colorido, balões e palha de coqueiro ou bambu. Nos arraiais, acontecem as quadrilhas, os forrós, leilões, bingos e os casamentos matutos.

E assim procuramos manter a tradição cultural de nossas festas, o que é muito importante para nossa história. Dizem que o brasileiro não dá valor ao passado e esquece de suas origens, mas não acho que isso seja verdade, as festas juninas ou julinas, são um bom exemplo.

Até a próxima,
                      Amo vocês,
                                        Marcel Peixoto. 

terça-feira, 22 de julho de 2014

POST 199/2014 - CORUJA URBANA



Olá... Finalmente chegamos na sexta-feira, mais uma vez nosso trabalho nos levou  para a Barra da Tijuca e foi justamente neste bairro diferenciado da cidade do Rio de Janeiro que encontramos nosso alvo para a foto do Blog.

Ao passarmos por um semáforo bem próximo ao Barrashopping, avistamos uma coruja pousada na estrutura metálica do mesmo, estática, altiva, concentrada e atenta.  Não perdi tempo, paramos o carro e fui fazer a foto acima.  Imaginei que ela sairia em seguida voando, mas não, ali ela permaneceu por muito tempo, como se dona do lugar ela fosse.

Fui pesquisar na Net e descobri que nossa amiga é uma coruja-buraqueira, também chamada urucuriá, caburé-do-campo,  coruja-do-campo,  coruja-mineira,   corujinha-buraqueira,  corujinha-do-buraco,   guedé,  urucuera.  Ela recebe o nome de "buraqueira" por viver em buracos cavados no solo.  É uma coruja terrícola e de hábitos diurnos, embora tenda a evitar o calor do meio-dia.

Tem seu habitat  do Canadá à  extremidade sul da América do Sul,  bem como em quase todo o Brasil, com a exceção da Amazônia. Tais aves chegam a medir até 27 centímetros de comprimento. Vivem, no mínimo, nove anos em habitat selvagem e dez em cativeiro. Costumam viver em campos, pastos, restingas, desertos, planícies,  praias e aeroportos. Os predadores documentados dessa coruja incluem texugos, serpentes e doninhas.

A coruja-buraqueira possui um comportamento peculiar, além dos próprios feitos pelas corujas, por ser vista durante o dia e ficar pousada, ereta, em locais expostos (postes, troncos, muros, em cimas de cactos, etc)  ou no solo.  Tem o hábito de ficar sobre uma perna, o que não é copiado por outras corujas.

Utiliza um buraco não somente para assentamento, mas para descansar, esconder-se, como um refúgio durante o dia e construir ninhos, normalmente ocupados por um casal. É uma coruja tímida, mas é ligeiramente tolerante à presença humana. Cava seus próprios buracos com a ajuda dos pés e do bico, ficando até mesmo toda suja na construção da toca, mas ela prefere os buracos já feitos, abandonados por outros animais como os tatus, cachorros-da-pradaria, texugos  ou esquilos de chão. Na chegada da primavera, a buraqueira macho escolhe ou escava um buraco, normalmente em regiões de capim baixo, onde prenda com facilidade insetos e pequenos roedores no solo. 

Ela tem que virar o pescoço, pois seus grandes olhos estão dispostos lado a lado num mesmo plano. Essa disposição frontal proporciona à coruja uma visão binocular (enxerga um objeto com ambos os olhos e ao mesmo tempo). Isso significa que a coruja pode ver objetos em três dimensões, ou seja, com altura, largura e profundidade. Os olhos da coruja-buraqueira são bem grandes (em algumas subespécies de corujas, são até maiores que o próprio cérebro), a fim de melhorar sua eficiência em condições de baixa luminosidade, captando e processando melhor a luz disponível. Além de sua privilegiada visão, a buraqueira possui uma ótima audição, conseguindo localizar sua presa com apenas este sentido.

A qualquer sinal de perigo, a coruja buraqueira emitem um som alto, forte e estridente, esse alarme é dado durante o dia, chamando a atenção para a mesma. Os filhotes, ao escutarem o alerta, entram no ninho, enquanto os adultos voam para pousos expostos e atacam decididamente qualquer fonte de perigo para os filhos. Eles também fazem outros sons que são descritos como pancadas e gritos, que é parecido com "piá, piar, piaaar". Quando as buraqueiras emitem esses sons, normalmente estão movimentando a cabeça, para baixo e para cima. Os filhotes também emitem sons: quando perturbados, produzem um som que lembra o de uma cascavel, espantando assim os predadores.

É o mundo animal dentro da cidade.  Vemos que a cada dia os animais se adaptam mais aos ambientes humanos, pois a invasão do homem a seu habitat só aumenta, para eles adaptar-se é uma questão de sobrevivência...

Até a próxima,
                       Amo vocês,
                                         Marcel Peixoto.


sábado, 19 de julho de 2014

POST 198/2014 - ATIRADEIRA, BRINQUEDO PARA ADULTO


Olá... Estamos na quinta-feira e estamos buscando estratégias para impulsionar nosso desempenho no trabalho e foi justamente pensando nisso que começamos a pensar literalmente em instrumentos de impulsão. A primeira coisa que me veio a cabeça foram as catapultas, que são como uma arma de guerra, as quais utilizam uma espécie de braço para lançar um objeto.

Mas isso está muito longe de nossa realidade, daí me lembrei dos tempos de criança e foi procurar minha atiradeira... A encontrei e fiz a foto para o Blog de hoje. Preciso ressaltar que pelo passar dos anos a borracha se desfez e só restou a estrutura de madeira, a qual, diga-se de passagem, foi feita com um galho de goiabeira. Engana-se quem pensa que não é resistente, é quase inquebrável.

A atiradeira (ou badoque, bodoque, badogue, estilingue, baladeira, baleeira, peteca, seta, setra, funda, beca ou, para os lusitanos,fisga) é uma pequena arma, de forma geral bastante simples, equipada com tiras elásticas capazes de disparar um projétil impulsionadas pela mão. O formato clássico consiste de uma pequena madeira em forma de “Y”, encontrada naturalmente em árvores, com duas borrachas presas em uma de suas extremidades às forquilhas.   As árvores mais comumente usadas são o leiteiro, a goiabeira, a jabuticabeira, entre outras que naturalmente tem galhos perfeitos em Y e com uma boa resistência. 

Para o elástico, um material comum é a borracha de câmaras de ar, cortada em tiras. Atualmente, nas cidades maiores se usa também uma peça de ferro de construção dobrada para fazer as vezes de forquilha e como elástico usa-se uma mangueira de látex muito comum em estabelecimentos hospitalares, popularmente conhecida como "tripa de mico".   As  extremidades das tiras vão até uma bolsa onde fica o projétil (normalmente uma pedra, ou até mesmo uma bola de gude).  A bolsa, normalmente feita de couro, é agarrada pela mão dominante do atirador e puxada para trás até ao ponto desejado para fornecer energia ao projétil. 

A prática de estilingues no Brasil ainda é bastante comum em brincadeiras infantis e adolescentes, principalmente em áreas menos urbanizadas e no campo. Observa-se, contudo, em pequena medida, o uso do estilingue na prática de caça e até mesmo na pesca por parte de muitos adultos e uma tendência à prática como hobby.

O hobby tem ganhado fôlego com o crescente acesso a vídeos da internet de seu uso como passatempo e esporte em outros países. Tem havido, além disso, pequenos campeonatos municipais e de algumas associações Brasil afora. Em fevereiro de 2012, por exemplo, a Associação de Metalúrgicos de São Carlos promoveu um campeonato com prêmios de até 3.000,00 reais para os competidores. Mais de 300 competidores foram inscritos.

A atiradeira ou o estilingue é uma arma de baixo poder, que infelizmente a vemos sendo utilizadas em manifestações, como as recentes no país. Em alguns países, alguns modelos podem ser considerados até proibidos, considerando-se a utilidade ou potência, medida pela força de "puxada", em quilos ou libras, como arcos e bestas. Deve-se sempre, evitar apontá-la para o corpo, especialmente nos olhos, pois pode causar ferimentos.

Não considero saudável para as crianças qualquer brinquedo que simule ou remeta a qualquer tipo de armas, assim sendo considero que a atiradeira, deva ficar apenas nos registros como um brinquedo antigo e fora de moda...

Até a próxima,
                      Amo vocês,
                                        Marcel Peixoto.


POST 197/2014 - IGREJA DE NOSSA SENHORA DE SANT' ANNA EM PIRAÍ


Olá...  Nesta quarta-feira eu tinha alguns compromissos na Região do Vale do Paraíba Fluminense e depois de várias reuniões em Volta Redonda, resolvi dar uma passada na cidade de Piraí para conferir algumas obras.  Chegando ao centro da cidade, avistei a bela igreja matriz  da cidade e fiz a foto acima para o Blog.

A atual matriz de Sant' Anna nasceu de uma primitiva capela de madeira nas terras da Fazenda de Domingos Álvares Louzada,  hoje Praça Domingos Mariano, por volta do ano de 1772.  Foi José Luiz Urbano,  homem rico e poderoso,  um dos senhores de engenho de Piraí,  o fundador da primeira capela de Sant' Anna.  Urbano, devoto de Nossa Senhora de Sant' Anna, dedicou-lhe a capela construída. 

Pela tradição do século XVIII, os povoados surgiam "oficialmente" a partir da construção de uma capela. Dessa forma, nascia o povoado de Sant'Ana do Piraí.  Ele foi batizado com este nome porque situava-se próximo ao rio Piraí (o nome tem origem na língua Tupi e significa "rio dos peixes", através da junção dos termos pirá (peixe) e 'y (rio)) e porque teve Sant' Anna como sua padroeira. Com o tempo passou a ser chamado apenas de Piraí.

No início da ocupação da região, as margens do rio Piraí, já haviam famílias fixadas, porém, mais pessoas foram contribuindo para aumentar esse povoamento, como, por exemplo, pequenos produtores e seus escravos, que vinham de Minas Gerais, após o esgotamento das minas de ouro naquela região. Eles tinham a esperança de enriquecerem, ou então, de apenas sobreviverem, através do plantio de milho, feijão, arroz e cana-de-açúcar. 

Entretanto, na medida que o número de habitantes do povoado nascente ia crescendo, aumentava também a necessidade de acesso a serviços religiosos, como casamentos, batismos etc. Para termos uma ideia, em caso de necessidade de serviços religiosos, os habitantes do antigo povoado, que daria origem ao município de Piraí, viajavam enormes distâncias através de caminhos muito ruins até chegarem às Igrejas de Resende ou de São João Marcos (que hoje não existe mais, pois está sob as águas da represa da Light).

Data de 1776 a chegada do Padre. Dr. João Pinto Rodrigues ao Arraial de Piraí, este benzeu a capela que entretanto ficou 22 anos quase que esquecida e sem patrimônio. Somente com a chegada da aprovação do Governo Imperial, foi  concedido à humilde capela o patrimônio de 100 braços de terra. 

Em 1811, o Bispo da época concede a autorização para a construção da Igreja Matriz,  mas somente através da Resolução Régia de 1817 é que a Paróquia de Sant' Anna de Piraí foi aprovada e confirmada. O término das obras ocorreu  somente por volta de 1841.  No próximo dia 26 de julho, comemora-se o dia de Nossa Senhora de Sant' Anna.

O atual governador do Estado do Rio de Janeiro, Luiz Fernando de Souza (Pezão), foi prefeito na cidade em dois mandatos consecutivos, de 1997 à 2004, o que traz notoriedade hoje a cidade.

Até a próxima,
                      Amo vocês,
                                        Marcel Peixoto.




sexta-feira, 18 de julho de 2014

POST 196/2014 - AS RUÍNAS DE BRACUHY


Olá...  Terça-feira e o trabalho me levou mais uma vez a Costa Verde, em visitas nas cidades de Mangaratiba e de Angra dos Reis.  E foi justamente em um dos muitos condomínios deste recanto que encontrei o motivo para a foto do Blog de hoje as Ruínas do Engenho Central do Bracuhy.

A construção do século 19 era uma fábrica de álcool, inteiramente importada da Europa. Está em ruínas, mas ainda é possível ver fossos subterrâneos e as grossas paredes de pedras. Está localizada no Km 504 da BR-101, junto ao acesso ao condomínio do mesmo nome.

A antiga usina de açúcar era conhecida como Engenho Central do Bracuhy e foi inaugurada em 12 de junho de 1885. Era uma construção típica do século XIX, que lembrava a arquitetura característica da Revolução Industrial. Em 1886 a firma Souza Irmão & Cia. passou o controle do empreendimento à empresa Furquim Vapper & Cia. 

O engenho se destacava, na época, pela forma de produção. Seu sistema de máquinas a vapor, importado da Europa, era muito diferente do tradicional, de esmagamento da cana em moendas. Construído nas terras da Fazenda Bracuhy, foi, por algum tempo, considerado o mais bem equipado do país. No fim do século passado, entrou em decadência, assim como a indústria de açúcar no Brasil.

Ruínas do Engenho Central do Bracuhy,  tornou-se um ponto turístico muito famoso e visitado.  E para faciliatr a vida do turista, existem vários  hotéis dentro do Condomínio e próximos as ruínas.  Assim não se perde tempo com grandes deslocamentos e fica pertinho dos lugares mais incríveis da região, além de permitir, através da Marina Bracuhy, acessar o mar e as maravilhosas ilhas de região.

Hoje classificada como patrimônio histórico, a antiga usina é o cartão postal de Bracuhy. Fica na parte baixa do Rio Bracuhy, tendo em suas  redondezas  fartas vegetações, típicas de manguezal. Recentemente foi reformada por um empreendimento hoteleiro, mas ainda podem-se ver os fossos e as grossas paredes de pedra. 

Para quem não conhecia, fica registrado um atrativo a mais para se conhecer entre tantos outros na região da Costa Verde no Sul Fluminense.

Até a próxima,
                       Amo vocês,
                                          Marcel Peixoto.





POST 195/2014 - A PRAÇA DO PRETO VELHO


Olá... Segunda-feira pós Copa, a vida devagarzinho vai voltando ao normal e o trabalho mais que nunca urge a nossa atenção, afinal temos que recuperar o tempo "perdido" nestes dias de festa. E assim, através dos compromissos profissionais, acabei me deparando com um endereço, para mim, inusitado: A praça do Preto Velho em Campo Grande - Rio de Janeiro.

E não poderia passar por lá sem fazer a foto para ilustrar o Blog de hoje, o homenageado foi o Paizinho Quincas (ou Tio Quincas), Joaquim Manuel da Silva, um escravo de grande popularidade na região, pela sua autoridade moral e conduta. Nasceu em 1º de janeiro de 1854 e viveu por 109 anos, falecendo em 1963, cinco anos depois da inauguração do monumento.

Inaugurado em Inhoaiba durante as comemorações dos 70 anos da libertação dos escravos (13 de maio de 1958), o monumento criado por Miguel Pastor foi o primeiro de caráter religioso implantado no espaço público em reconhecimento à simbologia e imponência da religião afro-brasileira.

Inicialmente o conjunto era constituído pela estátua em bronze do Tio Quincas, ao centro da construção protegida por um lago, com repuxos luminosos e iluminação subaquática com 10 lampadas. O obelisco de 9 metros de altura, revestido em pastilha bege, possuía letras de bronze afixadas com os dizeres: 13 de maio de 1888 – 13 de maio de 1958.

Na área posterior ao obelisco, um mural de 3 metros de altura por 6 metros de largura, dividido em dois painéis registra em pastilhas amarelas, pretas e vermelhas desenhos criados pelo artista. No piso, pedras portuguesas pretas e brancas, reproduzem um Ponto de Rei Congo desenhado no terreiro de mãe Apolinário em Porto Alegre ( terra natal do escultor).

Nos anos seguintes à inauguração, sua importância cresceu e em 1983 a festa ao Preto Velho, passou a fazer parte do calendário oficial de eventos da Cidade do Rio de Janeiro, (Lei nº 476 de 14 de dezembro assinada pelo Prefeito Marcelo Alencar). Por volta dos anos 90 (Século XX), a festa no dia 13 de maio era o maior acontecimento da região, durando vários dias e contando com a participação de diversos terreiros.

Contudo, após uma tentativa de furto da estátua do Paizinho Quincas, a Administração Regional de Campo Grande optou por recolhê-la, reinstalando-a somente às vésperas dos festejos de Preto Velho, no dia 13 de maio de cada ano. O monumento sem o homenageado em exposição, perdeu sua importância e a construção passou a ser vitimada pelo vandalismo e depredações, apesar das constantes limpezas promovidas durante o ano, em especial na época das festas.

Os adeptos e defensores dos cultos afro-brasileiros junto aos fundadores da APAACABE (Associação de Proteção aos Amigos e Adeptos do Culto Afro Brasileiro e Espírita) buscaram o resgaste da festa e da história da Praça, em homenagem aos Pretos Velhos. E em 2013, a referida associação, adotou o monumento e em parceria com a Prefeitura, promoveu o cercamento e a reinstalação da estátua do Paizinho Quincas, garantindo assim sua preservação. 

Finalmente, no dia 13 de maio de 2014, após 56 anos de inaugurado o monumento, a festa em homenagem aos Pretos Velhos ocorreu com a presença definitiva da estátua do Paizinho Quincas e a recuperação de toda a construção. 

Até a próxima,
                      Amo vocês,
                                        Marcel Peixoto.



quinta-feira, 17 de julho de 2014

POST 194/2014 - UM PÁSSARO QUE SABE O QUE QUER...


Olá...  Dia 13 de julho de 2014, final da Copa do Mundo do Brasil, um fato que se repete depois de 64 anos, só que desta vez nem lá conseguimos chegar... A Copa passou e nem ao mesmo no estádio mais respeitado do mundo o Brasil jogou, a soberba foi tanta que havia uma certeza que de a seleção estaria na final e no entanto, deu no que deu...

E já que começamos falando de futebol, vamos dar continuidade com um pássaro que habita os gramados de vários estádios, inclusive o Maraca, esse pássaro é o Quero-quero..  E por uma coincidência do destino, acabei por me deparar com ele em um gramado, que não era de futebol,  mas bem que lembrava um... Assim, fiz a foto acima para apresentar aqui no Blog.

O quero-quero é uma ave de porte médio a pequeno, com 32 a 38 cm de comprimento e 300 a 320 g de peso.   Não há dimorfismo sexual, que significa que entre machos e fêmeas não há diferenças.   Quando adulto, ostenta esporões no ângulo das asas, usados como arma de ataque e defesa. Tem plumagem negra orlada de branco na testa e na garganta, e uma larga área negra no peito. Do topo da cabeça e lados do pescoço, até o dorso, é cinza, podendo ter um tom de marrom ou azul. 

Mesmo sendo extremamente comum, é uma espécie ainda pouco estudada. Prefere viver em zonas de baixa altitude, em campos, praias arenosas, brejos, mangues e várzeas úmidas, onde predomine a vegetação rasteira, tolerando habitats degradados e a presença humana.    

Pode penetrar em áreas urbanas, quando escolhe partes abertas como aeroportos, jardins, gramados e até mesmo campos de futebol, pelo que frequentemente vira notícia atrapalhando os jogadores em partidas.  Graças à sua vasta área de ocorrência e a uma população grande que parece estar crescendo, foi classificado como espécie em condição pouco preocupante em relação a extinção. Costumam andar em pares ou em pequenos grupos, mas já foram observados bandos de mais de cem indivíduos. Não há dados sobre o tamanho de sua população total, já que os estudos até agora realizados se concentraram principalmente sobre grupos de áreas urbanas. Não há tampouco evidência de que as atividades humanas estejam prejudicando a espécie como um todo.

O quero-quero é uma ave territorial muito vigilante e dá o alarme ao primeiro sinal de algum intruso em seus domínios, seja dia ou seja noite. Apesar de ser um bom voador, sendo visto a fazer acrobacias no céu, passa a maior parte do tempo em terra. São em geral monogâmicos e pouco exigentes na elaboração dos ninhos, que constroem em uma pequena depressão no solo, que consiste de um frouxo e raso amontoado de palha e gravetos em formato mais ou menos circular. Põem de três a quatro ovos esverdeados de casca pintada de negro que pesam em torno de 26 g, que, se a camuflagem de suas penas e outras táticas que empregam não despistam os predadores, os pais defendem vigorosamente, emitido gritos e voando rasante em sua direção como se fossem atacá-los, embora se retirem pouco antes de o contato se efetivar. 

Atacam também o homem, se este se aproxima. Durante uma estação reprodutiva, que varia de região para região e pode se estender até por metade de um ano, coincidindo com a época das chuvas, os pais podem produzir até três ninhadas. A taxa de natalidade é de cerca de 70%, mas somente cerca de 20% atinge a idade adulta. Pouco depois de nascerem os pintos já acompanham os pais em suas andanças e se alimentam por conta própria, como eles, de insetos e outros pequenos invertebrados e peixes, sendo muitas vezes vigiados por um terceiro adulto ou pelo grupo. Com sessenta dias de vida já podem voar e já mostram uma plumagem semelhante aos adultos, embora com estrias. Aves de rapina, mamíferos e répteis são os maiores inimigos dos filhotes, mas o homem muitas vezes destrói inadvertidamente os ninhos que se encontram em áreas de lavoura.    Quanto aos adultos, já foi observado que o Carcará  lhe é predador

O quero-quero é comum em muitos países; é a ave-símbolo do Uruguai  e do estado brasileiro do Rio Grande do Sul,   por isso em seu redor se formaram várias lendas, aparece em cantigas tradicionais e se tornou personagem literário e dramatúrgico.   Também deu seu nome a produtos e estabelecimentos comerciais, projetos educativos  e um grupo musical gauchesco.

Este pássaro curioso, a que a natureza concedeu o penacho da garça real, o vôo do corvo e a laringe do gato, tem o dom de encher os descampados  com o grito estridente e  profundo, onde a fidelíssima onomatopéia o batiza:  Quero-quero...

Até a próxima,
                      Amo vocês,
                                        Marcel Peixoto.  

POST 193/2014 - O PÊNDULO E A RADIESTESIA


Olá... Sábado, dia daquele jogo que ninguém tem mais interesse de assistir e por isso, optei por fazer outras coisas, para não que continuar sofrendo ao assistir a mais um espetáculo vexatório para nós brasileiros. E para esquecer este tema, resolvi falar um pouquinho sobre um assunto que me encantou desde de quando eu era muito jovem, a radiestesia.  Para ilustrar o Blog, fiz a foto de meu principal instrumento radiestésico - meu pêndulo.

O pêndulo está muito ligada a radioestesia, que  é uma pseudociência. Seus defensores, entretanto, afirmam possuir a capacidade de captar radiações e energias emitidas por quaisquer objetos. Esta habilidade permitiria aos radiestesistas (geralmente com o auxílio de bastões, pêndulos e outros instrumentos) encontrar, por exemplo,  água e minerais, corpos enterrados, objetos perdidos, ou qual seria a melhor dieta para um determinado organismo.

Radiestesia ou radioestesia é uma hipotética sensibilidade a determinadas radiações, como energias emitidas por seres vivos e elementos da natureza.   Exemplificando,  há pessoas que dizem poder determinar o local exato onde se localizam os lençóis de água subterrâneos,  com apenas uma vareta de madeira, ou pessoas que dizem poder encontrar alguém desaparecido com um pêndulo e um mapa. 

Ainda segundo estes, não existem artigos publicados em periódicos científicos que corroborem tal hipótese (a sensibilidade às radiações). Sendo esta uma forte evidência contra a Radiestesia, que é a antiga arte de procurar água subterrânea, minerais e outros objetos que parecem ter um magnetismo natural, um electromagnetismo ou talvez outro tipo de energia desconhecida.  Essas energias são detectadas pelo corpo através de sensores que não são mais misteriosos do que a capacidade de ver, ouvir ou sentir e que é natural em todos nós. Tal como na música, com a prática, muitas pessoas desenvolvem um bom grau de sensibilidade radiestésica.

Os primeiros pêndulos foram encontrados no Egito, no Vale dos Reis.  Há cerca de 2000 anos antes da nossa era, chineses radiestesistas já se utilizavam da arte do pêndulo para encontrar fontes da água, minérios e a usavam também na agricultura.

No século XVIII, a "ciência" despertou o interesse dos cientistas e, em 1780, dois médicos Dr. Thouvenel e Dr. Bleton, escrevem um livro: "Memória física e medicinal", demonstrando as relações entre a forquilha, o magnetismo e a eletricidade.  Somente em 1890,os abades Mermet e Bouly inventam o termo radiestesia.

Em 1929 é criada a Associação Francesa dos Amigos da Radioestesia, que contava com a participação de vários cientistas das melhores academias de ciências da época. Desde então esta "ciência" tem ganhado inúmeros adeptos, crescendo muito no domínio da medicina, da psicologia, na harmonização de casas e terrenos.

A radioestesia não prova ser uma ciência no sentido estrito, pois, como mencionado anteriormente, não há dados que corroborem as hipóteses dos proponentes. Todos os experimentos conduzidos seguindo o método científico demonstraram que o uso de técnicas de radioestesia não aumenta a probabilidade de que seja encontrada água no solo estudado, por exemplo.

Porém, mesmo existindo divergências sobre sua eficácia a radioestesia conseguiu ser aceita pela Academia de Ciências de Cuba, e ser incluída em 2009 entre os temas debatidos no VIII Congresso Cubano de Geologia.   Alega-se que o movimento dos bastões dos radiestesistas é causado pelo efeito ideomotor, conhecido e comprovado há mais de um século, que supostamente explicaria essa característica - além de outros supostos mistérios paranormais, como a brincadeira do copo. 

A aparente taxa de acerto elevada é causada pelo viés de confirmação - quando lembram-se dos acertos como evidência de funcionamento de uma hipótese e os erros não são mencionados. Essa supostamente teria uma tendência natural da mente humana e não necessariamente aplicada de má-fé pelos proponentes; contudo, a ciência prende-se pela objetividade e não pela intuição.

Até a próxima,
                       Amo vocês,
                                          Marcel Peixoto.



quarta-feira, 16 de julho de 2014

POST 192/2014 - SEXTA-FEIRA DE LUA CHEIA, OUÇO UIVOS AO LONGE...



Olá... Sexta-feira finalmente chegou e a expectativa para os jogos do final de semana já não é mais  a mesma... Enfim, vida que segue... Para brindar a noite, uma linda Lua Cheia pairava sobre  a cidade e de dentro do clube, onde eu estava, a avistei, rapidamente peguei a câmera e cliquei a cena acima para apresentar aqui no Blog.

Uma das fases da Lua,  quando a sua totalidade é refletida na Terra é chamada de Lua cheia. Ocorre quando a Lua completa um movimento de 180° após a Lua Nova, assim, seu disco lunar totalmente iluminado é visível à noite, pois ela se opõe ao Sol em relação à Terra. O luar, nada mais é que o brilho característico da Lua, bem dominante nessa fase. .

Como a órbita lunar é uma elipse, e não um círculo perfeito, assim como as outras fases, a lua cheia pode se localizar em um ponto mais próximo da Terra, Perigeu, ou  mais distante, Apogeu. A lua cheia no perigeu é 14% maior e 30% mais brilhante do que no apogeu.

Pelas previsões astrológicas, neste sábado, 12 de julho, por volta das 8 horas 30 minutos, a lua entra em sua fase Cheia no signo de Capricórnio. Algumas mudanças estão previstas para esta semana, em que as energias mais densas caminham para ficar definitivamente para trás, depois desta Lua Cheia. As emoções sempre ficam mais afloradas durante esta fase lunar, portanto, é importante ficar atento à impulsividade, que em nenhuma circunstância será bem-vinda.

A lua cheia está muito ligada ao mito do Lobisomem e as estórias passam através dos tempos.  Me lembro muito bem de sentar com a minha avó e ouvir suas estórias sobre a Lenda - Sexta-feira de Lua Cheia e a Aparição do Lobisomen.  Segundo ela, quando pequena, em uma noite de Lua Cheia, escutou uivos na noite e barulhos na porta da casa como se um grande animal usasse a pata para arranhar a mesma... Imaginem o desespero dela!  No dia seguinte a porta estava marcada com  sulcos, segundo ela, feitos pelas unhas da fera.

A crença no lobisomem prevaleceu na Europa Medieval, tendo seu auge no final do século XVI, onde o assumiram definitivamente como uma criatura do mal, . Na França, mais de 30.000 ações judiciais ocorreram contra Lobisomens, e quase 100 delas foram executadas, pois os acusados teriam cometido seus crimes na forma lupina.  Um dos casos mais conhecidos foi de Pierre Bourgot, um pastor que em 1521 foi julgado pelos assassinatos brutais de várias mulheres jovens, declarando que se transformava em lobo durante o processo.

Durante esse período de "Caça às Bruxas", os lobos foram perseguidos e mortos, muitos chegando a quase extinção. A Igreja Católica via o lobisomem como encarnação do mal, sendo um descendente de Caim ou como uma monstruosidade criada ao se vender a alma ao diabo.  Na época, na França qualquer pessoa que tivesse muito pelo corpo todo, com sobrancelhas grossas que se fundem, com a palma das mãos muito ásperas e calejadas, de olhos arregalados e grandes poderia vir a ser condenada como lobisomem pela inquisição.

Foi nessa época que surgiram histórias como "Chapeuzinho Vermelho" e dos "Três Porquinhos", que estão longe de serem leves como nas versões da Disney, pelo contrário, nas histórias originais ocorriam estupros e canibalismo, que serviam como alerta a população.   Os  lobos sempre tiveram associações com as forças naturais, tal qual a Lua Cheia, os dias de tempestade onde os ventos "uivavam" para a imaginação popular, eram lobos gigantes que traziam os ventos e as tempestades, devastando tudo.

Enfim, a Lua alimenta muitos mitos e lendas, mas também tem um grande significado na cultura humana ao longo dos séculos, quando tivemos como referência de tempo, contagem, calendários, etc… Além disso tudo, o satélite natural da Terra tem participação fundamental na estabilidade da órbita de nosso planeta ao redor do Sol e na origem da vida, dando dinamismo aos oceanos – e assim também aos ciclos atmosféricos - pelos efeitos das marés, também fundamentais à vinda da vida para os continentes, trazendo nutrientes dos oceanos.

Até a próxima,
                       Amo vocês,
                                          Marcel Peixoto.


domingo, 13 de julho de 2014

POST 191/2014 - UMA MÃOZINHA CONTRA O MAU-OLHADO


Olá... Estamos na quinta-feira e resolvi trazer para o blog a foto de um amuleto que ganhei a mais de 10 anos, uma Hamsá... Incrível como o tempo foi cruel com ela, mesmo estando aposentada há algum tempo (foi utilizada como meu chaveiro por algum tempo), nota-se que está bem acabadinha.  

A hamsá (em árabe chamsá – literalmente “cinco”, referindo-se aos cinco dedos da mão) é um talismã com a aparência da palma da mão com cinco dedos estendidos, usado por praticantes do judaísmo e do islamismo como um amuleto contra mau-olhado.  Embora o Alcorão vete o uso de amuletos, a hamsá é facilmente encontrada entre seguidores do Islamismo.  O símbolo foi adotado pela cultura árabe, que o passou para os judeus. A chamsa também aparece no Budismo; é chamada de Abhaya Mudra  e possui conotação semelhante à descrita, significando a dissipação do medo.

Os muçulmanos a associam aos cinco pilares do Islamismo e também a chamam de mão de Fátima, sendo Fátima a filha preferida de Maomé. Notadamente, a hamsá aparece, junto com outros símbolos islâmicos, inclusive no brasão da Argélia em sua bandeira.  

Também é conhecida pelos nomes chamsá, mão de Deus, mão de Fátima, olho de Fátima, mão de Míriam ou mão de Hamesh. Popular entre os judeus, especialmente os sefarditas, eles inscrevem textos em hebraico, como a Shemá Israel, nas chamsás e também as chamam de mão de Miriam. Ela, no caso, foi a irmã de Moisés e Aarão. O símbolo também é associado ao Torá, que é composto de cinco livros.

É muito popular no Oriente Médio, especialmente no Egito. A mão pode ser encontrada em diversas formas, desde jóias até azulejos e chaveiros.  

Ela é uma mão simétrica, cujo polegar e o mindinho são idênticos e apontam para os lados e para o horizonte, e o dedo médio é o eixo de simetria. Há também hamsás com forma de pombas semelhantes a uma mão. Ela pode aparecer também como uma mão normal, com um polegar distinto do mindinho. 

Frequentemente, possui o desenho de olhos, com pombos, peixes (como a nossa) e estrelas de Davi  para fortalecer o seu simbolismo.  Em certas hamsás existem inscrições em hebraico (no verso de nossa constatamos essas inscrições), como a  Shemá Israel, por exemplo.

Existem evidências arqueológicas do uso da hamsá como um escudo contra o mau-olhado já antes do Judaísmo e do Islamismo. Há indícios de que a hamsá seria um símbolo fenício, associado a Tanit, deusa-chefe de Cartago cuja mão ou vulva afastava o mal.  

Atualmente, defensores da paz no Oriente Médio têm usado a chamsá, para amenizar a rivalidade entre os povos. O símbolo lembraria as raízes comuns do judaísmo e do islamismo. Nesse caso, não seria mais um talismã contra o mau-olhado, mas um símbolo de esperança de paz na conturbada região.

Até a próxima,
                      Amo vocês,
                                        Marcel Peixoto.


sábado, 12 de julho de 2014

POST 190/2014 - "DECIME QUÉ SE SIENTE..." E ELES ESTÃO NA FINAL


Olá... Quarta-feira, dia da outra semi-final da Copa que definirá o adversário da Alemanha na final e eles, nossos "hermanos",  estão lá para disputar esta chance de voltar a ter  esse privilégio depois de 24 anos. Entraram em campo apoiados no peso da camisa, mas tendo seu adversário a Holanda, que contava até com um certo favoritismo.

Depois de 120 minutos de futebol, sem ninguém gritar nem um golzinho sequer, a decisão vai para os pênaltis... A Holanda, que não conseguiu segurar a terceira substituição pelo excessivo cansaço de seu craque Robin van Persie, logo não pode contar com o seu pegador de pênaltis oficial, o goleiro Tim  Krul,  foi para a disputa com o goleiro titular e não deu outra Argentina 4 x 2.   Eles estão na final!!!

Dizem que quando um argentino quer se suicidar, ele pula do alto de seu Ego, sendo assim, acho que a altura aumentou depois deste jogo.  A final histórica que todos esperavam, foi frustada, mas eles estarão lá com suas bandeiras e cantando como sempre. Para quem irá a torcida dos brasileiros? 

Durante os últimos dias, vimos muitos argentinos aqui pelo Rio, inseparáveis de suas bandeiras e é justamente a bandeira argentina que ilustra o Blog de hoje... A foto foi feita de muito longe, mas o objetivo é apenas homenagear essa torcida que é apaixonada, passional, alucinada e patriota, tendo a bandeira como seu símbolo máximo.

A bandeira da Argentina é um dos símbolos oficiais da República Argentina. A atual versão da bandeira foi concebida por Manuel Belgrano com base no laço nacional e foi apresentada primeiramente em 1812  como símbolo da Guerra da Independência. A Bandeira nacional foi aceita oficialmente em 1816, no ato de ratificação da Declaração de Independência. Conhecida como "Celeste", devido a cor azul de "um céu durante o dia nos ângulos normais de visada", é dividida em três faixas horizontais com o "Sol da Maio" ao centro.

O Sol de Maio é um dos emblemas nacionais da Argentina e do Uruguai,  presente em suas bandeiras e escudos. É uma representação do deus do sol Inca, Apu Inti.  A versão que figurava na primeira moeda argentina e em sua atual bandeira contém dezesseis raios retos e dezesseis ondulantes intercalados que saem de um sol com rosto humano. A versão que utiliza a bandeira do Uruguai conta com oito raios retos e oito ondulantes, também intercalados. A denominação "de Maio" faz referência à Revolução de Maio, ocorrida na semana de 18 a 25 de maio de 1810 e que marcou o início do processo de independência com relação à Espanha dos atuais países que naquele momento formavam o Vice-Reino do Rio da Prata. 

E assim, só resta disputar o terceiro lugar e torcermos para que no jogo da final  vença o melhor...

Até a próxima,
                      Amo vocês,
                                         Marcel Peixoto.












quinta-feira, 10 de julho de 2014

POST 189/2014 - 11 ESPANTALHOS DE AMARELINHO...


Olá... Terça-feira, dia da semi-final brasileira na Copa das Copas...  O povo completamente envolvido com o clima do jogo,  mais confiante que nunca, principalmente depois de todas as dificuldades passadas pelo time e pela perda de Neymar da forma como foi.

O otimismo tomou conta dos brasileiros, mesmo com a seleção não tendo demonstrado um bom futebol durante a Copa, a emoção foi a tônica de toda a avaliação e não paramos para ver que o time não ia bem, desde os treinamentos até nos jogos anteriores.  A calma dos ignorantes pairou sobre nossos jogadores e até mesmo sobre nós.

Então, o time que entra em campo, vestido no salto, não para jogar, mas para ganhar, representando o sonho de toda uma nação  e acaba tendo uma derrota acachapante com um placar de  7 x 1...  Fica até difícil de avaliar... Acho que nem é o caso de tentar entender o que aconteceu, talvez o melhor fosse esquecer...

A galera veio toda assistir o jogo em minha casa e mal começamos a torcer e já estávamos perdendo... Tudo bem,  normal, faz parte do jogo... Vamos reagir... E quando pensávamos que o time iria começar a jogar veio a avalanche... É através dessa metáfora que consigo descrever o que ocorreu dos 23 minutos do primeiro tempo em diante... 

A avalanche é um fenômeno que se verifica quando uma massa acumulada de neve ou terra (atacantes alemãs) repentinamente se movimenta de forma rápida e violenta e se precipita em direção ao vale (ao gol brasileiro). Durante a descida (os ataques), a massa (de jogadores) carrega cada vez mais neve (mais gols) e pode arrastar árvores, rochas e construções humanas (corações brasileiros, nossa alma, nossa auto-estima), atingindo até 160 quilômetros por hora (velocidade que nossa defesa, não conseguia acompanhar).

Como traduzir tudo isso numa foto para o Blog?   Como não dava para ir para Bariloche, fotografar uma avalanche de verdade, comecei a pensar que outra imagem poderia traduzir a inércia dos nossos jogadores, foi quando encontrei o espantalho e aí criei o cenário para fotografá-lo para o Blog.

O espantalho, quando visto de longe, assusta, mas quando se está pertinho, descobre-se a sua imobilidade, o que o torna inofensivo.   Não foi assim com o nosso time?   Enfim, vamos esquecer que um dia jogamos essa Copa... Mas infelizmente, ainda tem a disputa do terceiro lugar.

Até a próxima,
                      Amo vocês.
                                        Marcel peixoto.




POST 188/2014 - REINVENTANDO AS INVENÇÕES


Olá... Segunda-feira é sempre segunda-feira, mesmo na semana final da Copa.  O ritmo não parece ser o mesmo que os outros dias da semana, por isso acho que deveriam  inventar uma vacina, anti-segunda. Bem, mas falando sério, é dia de trabalho e temos que ir atrás de nossos objetivos.

Me impressiona a velocidade com que as mudanças  ocorrem em nossos dias, no passado as invenções demoravam a se consolidarem em nosso cotidiano, hoje elas aparacem como uma revolução e em pouco tempo se tornam obsoletas e substituída por algo mais inovador ainda. Um bom exemplo disso são os Compact Disc, que surgirão como uma grande inovação e hoje já parece coisa do passado. 

Para quem conviveu com os chiados dos discos de vinil e utilizou gravadores de fitas cassete, a invenção do compact disc, ao  final da década de 80 e início da de 90, foi uma verdadeira revolução. O CD  forneceu maior capacidade, durabilidade e clareza sonora para os lançamentos musicais.  Para ilustrar o Blog, fiz a foto acima com meia dúzia deles...

No caso do armazenamento de dados os discos compactos também foram muito importantes,  a consecutiva banalização de gravadores de CD permitiu a qualquer usuário de PC gravar os seus próprios CDs, tornando este meio,  um sério substituto a outros dispositivos de back-up. Surgiu assim a popularização dos discos "virgens" (CD-R), para gravação apenas e dos discos que podem ser "reescritos" (CD-RW). A diferença principal entre estes dois é precisamente a capacidade de se poder apagar e reescrever o conteúdo no segundo tipo, característica que iria contribuir para o desaparecimento dos disquetes como meio mais comum de transporte de dados. 

Efetivamente, um CD é agora capaz de armazenar conteúdo equivalente a aproximadamente 487 disquetes de 3 1/2" (com capacidade de 1,44 MB), ou seja, uma capacidade de 700 MB de dados com muito maior fidelidade - uma das características negativas dos disquetes era a sua reduzida fidelidade, já que facilmente se danificavam ou se corrompiam. Como exemplo, a exposição ao calor, frio e, até mesmo, a proximidade a aparelhos com campo magnético, como celulares.

Um CD nada mais é que um disco de acrílico, sobre o qual é impressa uma longa espiral (22,188 voltas, totalizando 5,6 km de extensão). As informações são gravadas em furos nessa espiral, o que cria dois tipos de irregularidades físicas: pontos brilhantes e pontos escuros. Estes pontos são chamados de bit e compõem as informações carregadas pelo CD.

A leitura dessas informações é feita por dispositivos especiais, que podem ser CD Players ou DVD Players. A superfície da espiral é varrida por um laser, que utiliza luz no comprimento infravermelho. Essa luz é refletida pela superfície do disco e captada por um detector. Esse detector envia ao controlador do aparelho a sequência de pontos claros e escuros, que são convertidos em "uns ou zeros", os bits (dados binários). Para proteger a superfície do CD de sujeira, é colocada sobre ela um disco de plástico especial.

Mas o que parecia uma revolução, tornou-se uma mesmice e com a mesma força que os CDs vieram, foram substituídos.  Hoje nem mais em meu carro consigo ouvir um CD, pois o rádio só possui entrada para pen drive. E assim segue a humanidade reinventando as invenções,  inovando e aprimorando o novo...

Até a próxima,
                      Amo vocês,
                                         Marcel Peixoto. 

terça-feira, 8 de julho de 2014

POST 187/14 - JARDIM DE BROMÉLIAS


Olá... Um domingo para relaxar e nada melhor que estar próximo a natureza.  Percebo uma mudança grande em mim, depois que a fotografia entrou em minha vida.   Hoje sinto uma enorme necessidade de estar em contato com o meio ambiente, parece que a comunicação com o exterior passou a ser uma premissa e registrar essa convivência tem me dado muito prazer.

Neste domingo fiz várias fotos de flores e plantas, que futuramente podem até se tornar em um ensaio, tal a beleza das mesmas, contudo como a proposta do Blog é escolher sempre uma única foto, resolvi apresentar para vocês esse fantástico Jardim de Bromélias.

Exuberantes, resistentes, de fácil cultivo e com a vantagem de não atraírem os mosquitos da dengue, as bromélias são flores com a cara do verão e servem como ornamento para jardins e varandas ou mesmo para espaços internos da casa ou ambientes públicos, tamanho seu poder de adaptação e resistência.

Com mais de 3,2 mil espécies, sendo cerca de 43% nativas do Brasil e distribuídas em territórios como Floresta Amazônica, Mata Atlântica, caatinga, campos de altitude e restingas, a família Bromeliacea caracteriza-se pelo agrupamento de folhas em forma de roseta.

O que torna a bromélia tão resistente e de fácil adaptação a ambientes desfavoráveis é o seu sistema de absorção de água e nutrientes, que ocorre através das folhas recobertas por escamas e, em algumas espécies, nas rosetas (formação definida pelo arranjo das folhas) que armazenam água. Esse sistema é de suma importância para sua sobrevivência e a de diversos outros microrganismos que ali procriam, tal qual um ecossistema próprio.  Todavia, apesar de as bromélias serem tolerantes à falta d'água, a irrigação é fundamental para o desenvolvimento dessas plantas.

Em estudo realizado pela UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), a partir de 2005, foram registradas cerca de 300 espécies de animais (especialmente insetos) associadas às bromélias da Mata Atlântica, o que mostra sua importância na manutenção da fauna do bioma do qual essa família faz parte. 

Na pesquisa, uma das frentes preocupa-se em identificar os tipos de insetos que frequentam a água contida nos tanques das bromélias, especialmente quando se trata de mosquitos. Sabe-se que em ambientes urbanos as larvas mosquitos podem ser encontradas nas bromélias, mas em quantidades ínfimas, o que faz das plantas ambientes inócuos. 

A maioria de Bromeliacea sobrevive apoiada em outras plantas, com o intuito de obter mais luz e mais ventilação. Ao contrário do que muitas pessoas pensam, esses vegetais não são parasitas, e, sim, plantas epífitas, "encontradas em árvores, galhos secos e até em fios elétricos". As epífitas não necessitam de substrato e podem ser fixadas diretamente em troncos ou em placas de fibra de coco,  etc.

Desprovidas de "tanques", as bromélias terrestres são cultivadas diretamente na terra, de preferência de fácil drenagem, seja em vasos ou no solo. Podem ser plantadas em brita número zero misturada a húmus de minhoca e um pouco de areia lavada.  Outro tipo são as rupícolas, que vivem em frestas de rochas ou ficam fixas nas pedras, mas também podem ser plantadas em vasos com  o uso de brita e húmus para o substrato.

As bromélias lideram a lista de espécies ameaçadas da Mata Atlântica, devido à coleta indiscriminada. Por isso, antes de pensar em um jardim com bromélias, certifique-se sobre a sua procedência. Para ajudar a evitar a extinção, compre apenas exemplares cultivados em viveiros.

Até a próxima,
                      Amo vocês,
                                         Marcel Peixoto.