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sexta-feira, 30 de maio de 2014

POST 147/2014 - DINHEIRO É PARA PESCADOR


Olá...  Terça-feira de uma semana cheia, cheguei em casa bastante cansado pelo correria do dia-a-dia e para relaxar resolvi dar uma arrumada no meu armário. Neste momento encontrei uma carteira velha, onde costumo guardar notas antigas e comecei a observar as semelhanças e diferenças entre as notas. 

O que mais me chamou a atenção foi a repetição da efígie simbólica da República no anverso de todas as cédulas e neste momento, achei que uma foto do conjunto destas notas seria interessante para o Blog, espero que concordem. 

A ideia do papel-moeda nasceu no dia em que um individuo, necessitando de moedas correntes, entregou a outra um vale para troca de mercadorias ou metais (ouro, prata, ferro ou cobre), depois dado em pagamento a um terceiro, com direito de recebê-lo do emitente. Com função semelhante, circularam na Idade Média recibos de depósitos de ouro em pó, que circulava como moeda-corrente, pois era facilmente divisível, mas difícil de ter sua pureza garantida. Esses comprovantes chamava-se recibos de ourives, pois eram neles que certos comerciantes confiavam, graças à sua idoneidade e cuja assinatura garantia os valores apresentados.

Como todo mundo sabe, o Real é a moeda corrente no Brasil.  Após sucessivas trocas monetárias (réis, cruzeiro, cruzeiro novo, cruzado, cruzado novo, novamente cruzeiro e cruzeiro real)  o Brasil adotou o real em 1 de julho de 1994, que, aliado à drástica queda das taxas de inflação, constituiu uma moeda estável para o país. O Real é a 16ª moeda mais negociada no mundo, é a segunda mais negociada na América Latina e quarta mais negociada nas Américas.

Surgido de uma conjuntura de descontrole da inflação que gerava instabilidade econômica, pretendia-se uma moeda mais forte e merecedora de mais confiança do que suas predecessoras, filhas de outros planos econômicos que não vingaram. O nome escolhido, "real", coincide com o nome da primeira moeda do Brasil (plural: réis), moeda essa utilizada pelo império de Portugal em todas as suas colônias.

Diferentemente das moedas que haviam circulado anteriormente, o real não traz na sua nota personalidades da história nacional, mas sim animais da fauna brasileira, a explicação é a que famílias das pessoas homenageadas nas notas, como a de Mário de Andrade, já haviam reclamado das homenagens, adicionalmente, como a moeda precisava ser cunhada rapidamente, e não havia tempo hábil para negociar com as famílias, optou-se pela solução mais rápida, os animais . Diversas opções foram pensadas, piranha, tucunaré, lambari e o lobo-guará,  sendo escolhidos o beija-flor, garça, arara, onça pintada e a garoupa. 

Na minha opinião,  garoupa foi muito bem escolhida para representar o reverso a nota de cem reais (que aparece no alto e a esquerda de nossa foto), vejam as semelhanças do animal com a referida nota:  

As garoupas são peixes muito apreciados na culinária, devido à sua carne branca. Quem não aprecia uma nota de cem reais no bolso? 

Elas têm grande importância para a pesca e algumas espécies são inclusive criadas em instalações apropriadas, em zonas costeiras.  A nota tem grande importância na economia e os falsários tentam criá-las em zonas costeiras ou não.

São habitantes dos oceanos, vivendo geralmente em fundos rochosos.  onde têm o hábito de se esconderem. Preciso falar? A nota de cem parece existir num oceano e se escondem de nós.  

A propósito, a nota da foto foi devolvida a seu proprietário após a execução da mesma, mas continuo tentando pescar uma.

Até a próxima,
                      Amo vocês,
                                         Marcel Peixoto.

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