Olá... Domingo Dia das Mães e hoje infelizmente não posso cumprir a missão do Blog, de ter uma foto feita no dia da postagem, porque hoje eu quero homenagear a minha mãe e ela não mais está comigo, para ser fotografada. Assim tive que lançar mão de uma de suas últimas fotos, de fevereiro de 2012.
Conheci minha mãe a quase 50 anos atrás e logo nasceu entre nós uma relação de grande carinho, até aí acho que fui igual a todos vocês que estão lendo o Blog, exceto pelos problemas que tivemos antes do meu nascimento, mas isso é uma história para outro dia. Sou o caçula e com uma diferença muito grande para minha irmã (14 anos) e para meu falecido irmão (9 anos), fruto de uma gravidez não programada, eu vim de teimoso.
Posso dividir a nossa relação em duas etapas de 24 anos, os primeiros 24 anos morei com ela e ela cuidava de mim, nos outros 24 anos me casei, não morava mais com ela, mas quem cuidava dela era eu, visto que meu pai faleceu aos meus 23 anos e me confiou a sua guarda.
Durante toda a nossa relação, tivemos uma grande amizade. Em nossa primeira etapa, convivemos nós 3 (eu, ela e meu pai) com muita alegria. Conversávamos muito, jogávamos baralho e me lembro de algumas viagens de férias em Itacuruça, onde ficávamos em uma casa alugada por temporada. As Festas de Fim de Ano eram um acontecimento, com a reunião de toda a família, onde comemorávamos mais que o Natal e o Reveillon, também o aniversário de casamento deles que foi no dia 31 de dezembro de 1949.
Já na segunda etapa, com a partida de meu pai e a chegada da minha filha, fizemos muitas viagens juntos, agora um quarteto, o casal e a avó com a netinha. Fomos à Salvador, várias vezes à São Lourenço, à Porto de Galinhas, Recife e Olinda, Penedo, Teresópolis e outras tantas pequenas viagens, sem falar dos finais de semana na casa de minha irmã na Barra. Foram momentos inesquecíveis, principalmente os bons, porque os ruins não tem mais importância.
Dona Ariete era uma pessoa de temperamento difícil e não é porque ela passou para o lado de lá que vamos esquecer essas coisas. Acho que na primeira etapa, eu lhe dei muito menos trabalho, do que ela me deu na segunda, mas não reclamo, fiz tudo com o maior amor possível e da melhor maneira dentro das minhas possibilidades.
Ficou muito marcado para mim nosso último Dia das Mães juntos, quando almoçamos cedo na minha casa com minha esposa, minha filha e minha sogra e depois partimos para a Barra, só nos dois, para "almoçarmos" novamente na casa de minha sobrinha, com a minha irmã. Na volta, para distraí-la, resolvi criar um desafio de quem veria um fusca primeiro e por incrível que pareça, voltamos da Barra até Nova Iguaçu sem ver nenhum... Empatamos.
Mãe, o seu amor continua chegando até a mim e espero que o meu também lhe alcance. Obrigado por cuidar de mim na primeira fase e obrigado por me fazer aprender a cuidar de você na segunda. Não foi nada fácil para mim, mas consegui cumprir a minha missão. Perdoe a minha impaciência, a minha franqueza exacerbada, meus repentes... mas tenho certeza que o amor que dediquei à você foi muito maior que tudo isso. Sempre te amarei.
Amo vocês,
Marcel Peixoto.
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