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domingo, 11 de maio de 2014

POST 127/2014 - PRÍNCIPE NEGRO


Olá... Mais uma vez com o Blog atrasado, mas faz parte do desafio.  Devagarzinho vamos tentar recolocá-lo em dia... Bem, ainda na quarta-feira, resolvi trazer para o Blog essa espada do Príncipe Negro. Ela  está comigo há alguns anos e é fruto de uma grande amizade entre um grupo querido de pessoas que tem muitas coisas em comum.

A história começou com uma viagem a Europa de um destes amigos, na Espanha ele encontrou um conjunto com 6 espadinhas e resolveu comprá-las. Já na Brasil, teve a ideia de distribuí-las entre seus amigos mais íntimos, mais tarde esse grupo aumentou e ele conseguiu mais 6 espadinhas, uma das quais fui o privilegiado de receber e passei a fazer parte desta "irmandade".    A distribuição foi meio que aleatória e à mim coube a espada do Príncipe Negro.

Conhecido na história como o Príncipe Negro, Eduardo de Woodstock, Príncipe de Gales (1330-1376), foi o filho mais velho e herdeiro do rei Eduardo III da Inglaterra.  Desde cedo provou ser dotado para a guerra, mostrando a sua coragem com apenas 16 anos, na Batalha de Crécy,  onde liderou um dos corpos de infantaria que resistiram à carga da cavalaria pesada francesa. Mais tarde, usando as inovações militares que desequilibraram a Guerra dos Cem Anos a favor de Inglaterra, como a utilização dos arqueiros ingleses e galeses armados de arcos longos de madeira de teixo, Eduardo manteve seguras as posições conquistadas na França, enquanto o seu pai se encarregava da frente escocesa. 

A relação com o pai foi de confiança e respeito mútuos até 1361, data do casamento de Eduardo com Joana de Kent, sua prima direta e viúva. Esta união de amor, totalmente despropositada para a época, contrariou os planos diplomáticos de Eduardo III.  Eduardo foi enviado para o continente para governar a província de Aquitânia. Durante a sua estadia, envolveu-se em conflitos que acabaram por o arruinar financeiramente. O regresso à Inglaterra esteve longe de ser glorioso. Com a saúde e as finanças num estado débil, nunca mais se envolveu em campanhas militares. Eduardo morreu em 1376 (um ano antes do seu pai) e encontra-se sepultado na Catedral da Cantuária. 

Descobri que Príncipe Negro, também, é o nome de um tipo de rosa e atrás dela existe uma lenda interessante, esta conta que, há muitos séculos, o Conde Drácula era jovem e ainda humano, cheio de sonhos e amava uma linda moça chamada Natasha.  Ela morava num castelo com seus pais e Drácula ia visitá-la seguidamente. Os dois estavam noivos e ficou decidido que se casariam tão logo ele retornasse da Cruzada. Os dois andavam pelos campos, brincavam, se amavam, ele colhia flores para adornar os cabelos de sua amada.

Um dia, na véspera em que Drácula deveria partir para a Terra Santa, Natasha entrou inadvertidamente numa gruta próxima ao castelo, onde segundo relato de moradores vivia um terrível dragão. Este atacou a moça e a matou. O jovem Drácula ao ouvir seus gritos, correu para acudi-la, mas ao entrar na gruta, o dragão já havia devorado Natasha.  Então ele caiu de joelhos diante da poça de sangue, única coisa que restou de sua amada e chorou ajoelhado durante muitos dias... Quando se ergueu, era um homem mau. A dor havia secado a pureza de seu coração, o qual se tornou negro como a noite e frio como o gelo.

Então, no lugar onde o sangue de Natasha e as lágrimas de Drácula banharam o chão, cresceu a muda de uma pequena roseira selvagem...  essa desabrochou em enormes rosas de um roxo quase escuro, as quais viriam mais tarde a ser conhecidas por rosas Príncipe Negro. Pois Drácula partiu para as Cruzadas, lá sendo transformado num vampiro,  tornando-se o mais temido e cruel de todos, o Príncipe das Trevas.

Até a próximo,
                      Amo vocês,
                                        Marcel Peixoto.

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