30 setembro de 2014
Olá... Assim como vários outros homens casados como eu, divido a bancada de nossa pia no banheiro com a minha esposa e é uma divisão territorial mesmo. A pia, que é redonda, fica no centro da bancada e tiramos uma linha imaginária passando pelo centro da mesma e o espaço a direita é meu, enquanto que a esquerda é dela.
Logo, pode-se imaginar que o congestionamento de coisas a esquerda é muito maior. No meio de tantos frasco de cremes, caixinhas, perfumes e outro tanto de coisas, percebi algo que me chamou a atenção e que achei relevante trazer ao Blog, o Batom.
Lipstick (termos inglês que designa o batom) é um produto cosmético que contém pigmentos, óleos, ceras e emolientes que se aplicam a cor, textura e proteção para os lábios. Com ou sem brilho, realça a boca e é disponível em várias cores e marcas, adequando-se a diversos gostos. Tal como acontece com a maioria dos outros tipos de maquiagem, o batom é normalmente, mas não exclusivamente, usado por mulheres. O uso de batom remonta aos tempos medievais.
Os sumérios são, possivelmente, os primeiros a utilizarem o batom. As mulheres da Antiga Mesopotâmia foram as "inventoras" de tal adereço e consequentemente as primeiras usuárias a 5.000 anos atrás. Elas esmagavam minerais e pedras preciosas, pulverizando as mesmas e com o pó, decoravam os seus rostos, principalmente nos lábios e ao redor dos olhos.
Também por volta de 3000 aC à 1500 aC, as mulheres da antiga Civilização do Vale do Indo aplicavam batom vermelho matizado aos seus lábios para decoração da face. Os antigos egípcios utilizavam pigmentos vermelhos extraídos de algas, 0.01% iodo, e bromo manitol, sem saber a estes elementos causam graves problemas de saúde. Batons com efeitos brilhantes foram inicialmente feitos usando a substância que causa a iridescência (fenômeno óptico de superfícies em que a matiz da cor muda na proporção dos ângulos de observação e iluminação) encontrada em escamas de peixe.
Na Europa Medieval, o batom foi proibido pela igreja, pois pensava-se ser uma "encarnação de Satã". Colorir os lábios começou a ganhar alguma popularidade na Inglaterra do século 16. Durante o reinado da rainha Elizabeth I, ter os lábios vermelhos brilhantes e um rosto branco e austero tornou-se moda. Naquela época, o batom era feito a partir de uma mistura de cera de abelha e extratos vermelhos de plantas. Só as mulheres da classe alta e atores masculinos usavam maquiagem.
Contudo, ao longo da maior parte do século 19, o uso de cosméticos não foi considerado aceitável na Grã-Bretanha para as mulheres respeitáveis e foi associado com grupos marginalizados como atores e prostitutas. Foi considerado descarado e grosseiro o uso de maquiagem.
Durante todo o início do século 20, o batom tinha um número limitado de cores. Batom vermelho escuro foi popular na década de 1920 e usado para simbolizar a independência feminina. Naquela época, era aceitável aplicar o batom em público e durante o almoço, mas nunca no jantar. O início da década de 1930, começou a apresentar diferentes cores de batom, onde o mesmo visto como símbolo da sexualidade adulta. Adolescentes acreditavam que o batom era um símbolo de feminilidade. Adultos viram isso como um ato de rebeldia. Muitos norte-americanos, especialmente os imigrantes, não aceitavam adolescentes usando batom. Um estudo em 1937 revelou que mais de 50% das adolescentes brigavam com seus pais, por causa do batom.
Em meados da década de 1940, vários livros e revistas adolescentes alertavam que os homens preferem uma aparência natural, pois o uso do batom tornavam as meninas muito provocativas, contudo o uso do cosmético aumentava, mas ele ainda era associado com a prostituição. Na década de 1950, filmes com as atrizes Marilyn Monroe e Elizabeth Taylor ajudaram a trazer de volta os lábios vermelhos escuros. Uma pesquisa feita em 1951 revelou que dois terços dos adolescentes usavam batom.
Mesmo sem a aprovação dos pais, adolescentes usavam batom vermelho, entretanto algumas meninas começaram a usar as cores rosa e pêssego, que se tornaram uma tendência. A cor branca ou esbranquiçada passou a ser popular na década de 1960. Em 1960, o batom foi associada com a feminilidade. Mulheres que não usavam batom eram suspeitos de doença mental ou lesbianismo.
O batom preto, tornou-se popular no final de 1970 retornando em 1990. Nesta década as cores de batom se tornaram semi-fosco. Tons de marrom foram muito populares. Em 2012, as cores dos lábios brilhantes e ousadas tornou-se moda novamente com cores saturadas, como rosa quente, néon e laranja. Enfim, a indústria de cosméticos evolui e cresce a cada dia.
Até a próxima,
Amo vocês,
Marcel Peixoto.
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