Olá... No último domingo do ano de 2014, fiz uma foto para o Blog, que mostra um pouquinho dos encantos da Cidade Maravilhosa e quis compartilha-los com meus leitores, que o ano todo me prestigiarem vendo minhas fotos e lendo meus Posts.
A foto foi feita na subida da trilha do Morro da Sacopã, no parque da Catacumba, no Bairro da Lagoa, na cidade do Rio de Janeiro. Na vista identificamos a Lagoa Rodrigo de Freitas e atrás dos prédios o mar de Copacabana com as Ilhas Cagarras mais acima.
O parque é chamado de catacumba em virtude de um cemitério indígena que teria existido ali, mas do qual nunca se encontrou vestígio. A trilha do Morro da Sacopã fazia parte do Caminho da Saudade, utilizado no séc. XVIII para escoar a produção das fazendas que ficavam no entorno da Lagoa. Na década de 30 do século passado, com o crescimento desordenado da cidade, surgiram os primeiros casebres na encosta do morro. Era o começo da Favela da Catacumba, que chegou a ter 10.000 moradores.
Nos anos 70 a comunidade foi removida e teve início a criação do Parque, reflorestado predominantemente com espécies da Mata Atlântica, seguindo projeto paisagístico que incluía um jardim de esculturas. O Parque da Catacumba é resultado da execução de dois projetos notáveis: na parte baixa, até a meia encosta do morro, uma sólida obra de arquitetura, ajardinamento e paisagismo criou no local um espaço suntuoso e agradável, formado por alamedas, praças e jardins, com muitas árvores, e uma exposição ao ar livre de esculturas de artistas famosos.
Em um outro momento, da meia encosta ao alto do morro, foi feito o reflorestamento, com a predominância de espécies encontradas na mata atlântica. Em consequência, surgiu a fauna local, formada em sua maior parte por pássaros e sagüís. Existem duas trilhas distintas, sendo uma para o Mirante do Sacopã, que é a de melhor acesso e outra que leva ao Mirante do Urubu (acredito que o nome é uma homenagem a torcida do Flamengo, pois dele se avista a sede da Gávea e o enorme escudo do time, que fica nas arquibancadas do clube), um pouco mais íngreme. As trilhas levam ao ponto mais alto do morro, onde um dos mirantes distinto podemos apreciar uma das mais belas vistas da Lagoa Rodrigo de Freitas.
Encontramos muitos turistas estrangeiros e alguns cariocas, que assim como nós, visitavam o parque pela primeira vez. Soa estranho, mais os cariocas não conhecem bem os recantos de sua própria cidade, pois poucos dos frequentadores do parque residem nas suas proximidades. A maioria vem de longe, incluindo turistas do Brasil e do exterior. Isto faz com que sua importância transcenda os limites dos bairros que o cercam, tornando-o um local de grande valor para toda a cidade do Rio de Janeiro.
Por se tratar de um parque municipal, dentro de uma cidade que recebe turistas do mundo inteiro, acho que poderia haver um maior investimento em conservação e em segurança, mesmo não havendo cobrança de ingresso para sua visitação. A paisagem é bem bonita, mas o parque certamente merece uma maior atenção do poder público.
De toda sorte, fica a sugestão de passeio. Mesmo não tendo a melhor infra-estrutura, tudo se compensa pela bela vista da cidade. Aproveitem as férias, mas se preparem para o calor...
Até a próxima,
Amo vocês,
Marcel Peixoto